Martinhal Lisbon Oriente e Martinhal Residences inaugurados com 90% dos apartamentos vendidos
O grupo Martinhal inaugurou um novo projeto de hotelaria e branded residences em Lisboa, no Parque das Nações. O edifício de 14 andares é composto por 152 apartamentos turísticos e residenciais, no qual foram investidos mais de 100 milhões de euros.
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Esta sexta-feira, 2 de junho, o grupo Martinhal inaugurou mais uma unidade, onde junta a vertente hoteleira e residencial – o Martinhal Lisbon Oriente e o Martinhal Residences.
A sessão de inauguração foi presidida por Chitra Stern, fundadora do grupo, e contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, que agradeceu a Chitra e Ronan Stern pelo investimento realizado “no nosso país e sobretudo na nossa cidade”, numa “empresa que hoje dá emprego a mais de 600 pessoas”.
O recente edifício de 14 andares com 152 apartamentos, situado no Parque das Nações, em Lisboa, é constituído por 82 apartamentos turísticos com serviço de hotelaria, até ao 4.º andar, e 70 apartamentos residenciais com hipótese de aluguer por parte do proprietário, do 5.º ao 14.º andar.
Os alojamentos turísticos estão disponíveis num modelo de ‘sale and leaseback’, ou seja, o grupo vende os apartamentos – que podem ser utilizados pelos proprietários por um período estipulado em contrato – ao mesmo tempo que garante a exploração turística dos mesmos na ausência dos proprietários, garantindo um retorno de 3% a 4% do investimento.
Na vertente turística, os apartamentos estão disponíveis para hóspedes nas tipologias de estúdio (desde 165 euros por noite), T1 (desde 278 euros por noite), T2 (desde 418 euros por noite) e T3 (desde 584 euros por noite). Estes estão totalmente equipados com equipamentos Smeg e incluem uma casa de banho por quarto, sala e kitchenette com máquinas de secar, lavar roupa e loiça, todos mobilados pela empresa Epoca.
Já os apartamentos residenciais, também totalmente equipados, foram projetados com chão de madeira, cozinhas Bulthaup e eletrodomésticos Miele.
De momento, a unidade já vendeu 90% dos apartamentos turísticos e residenciais, não restando nenhum alojamento turístico para venda – razão pela qual o gabinete de comunicação do grupo afirmou não ser possível adiantar os valores de aquisição atualizados destes alojamentos, já que o último apartamento foi vendido há mais de um ano.
No entanto, à data desta publicação, estavam ainda disponíveis 15 apartamentos residenciais de categoria T3 (a partir de 1,9 milhões euros) e T3 plus (a partir de 2,1 milhões de euros).
Os alojamentos são elegíveis para Golden Visa, sendo que os portugueses representam 20% dos proprietários dos alojamentos já vendidos. Os restantes 80% cabem a estrangeiros de cerca de 60 nacionalidades.
Se no Algarve o segmento das unidades Martinhal é mais familiar, a aposta para o Martinhal Lisbon Oriente e Martinhal Residences será também trabalhar o cliente corporate.
“Continuamos fiéis à marca Martinhal, onde acolhemos famílias, pelo que temos instalações [a pensar neste segmento], mas também sabemos que existem clientes corporate na área – a AGEAS está mesmo ao lado, a Vodafone, a Microsoft, também temos a WebSummit… Esperamos uma grande variedade de turistas de todo o mundo”, explica Chitra Stern à Publituris Hotelaria.
À data da publicação do número 201 da Publituris Hotelaria em janeiro deste ano – referente às aberturas e remodelações hoteleiras dos próximos três anos – foi referido que foram investidos 75 milhões de euros neste empreendimento. No entanto, e após o evento de inauguração, Chitra Stern indicou à Publituris Hotelaria que o valor atualizado de investimento ficou acima dos 100 milhões de euros.
Um edifício onde Bordalo, Kruella d’Enfer e Graça Paz se reúnem
O empreendimento, cujo projeto de arquitetura tem a assinatura de Capinha Lopes e paisagismo de João Cerejeiro, inclui várias estruturas e serviços disponíveis tanto para os clientes dos alojamentos turísticos, como dos residenciais.
Estes incluem uma piscina interior e duas piscinas exteriores – uma para adultos e outra para crianças – um kids club para crianças dos três aos oito anos com sessões supervisionadas, babysitting nos apartamentos e um espaço de reuniões com cabines para chamadas privadas.
De destacar ainda o restaurante Terrace, encabeçado pelo chef Daniel Andrade, que também funciona para passantes de forma ininterrupta, das 7h00 às 00h00. Aqui, o foco vai para o Este, como explica Chitra Stern, “onde há uma grande fusão de sabores da Grécia, Turquia, Médio Oriente, até à Índia, China e Japão” – fazendo assim referência “à localização na zona Este de Lisboa, o Oriente, daí termos este conceito”.
A unidade conta com 44 peças de arte criadas em exclusivo para este projeto por seis artistas portugueses, nomeadamente Graça Paz, Pedro Batista, Vasco Águas e Tamara Alves, que elaboraram desenhos originais bordados à mão em pano de linho e pinturas contemporâneas em tela e papel, que foram reproduzidas num número limitado de litografias distribuídas pelos apartamentos de hotel e corredores de cada piso.
Já Kruella d’Enfer pintou um mural interior massivo em 19 pisos, divididos para cada entrada de elevador, desde o parque de estacionamento ao rooftop, “que representam cenas do fundo do mar ao espaço galáctico”, como indicado em comunicado. Também Bordalo II marca presença neste espaço, com quatro peças em exposição permanente.
Quando questionada sobre os projetos futuros, Chitra Stern declara que gostariam “de fazer crescer ainda mais a marca Martinhal, no entanto, tem de ser a oportunidade certa”.
Tal como explica, “geralmente demoramos bastante tempo até [chegarmos a uma decisão] – tanto no Quinta do Lago como no Chiado, Cascais e Oriente devemos ter olhado para mais de 200 projetos e lotes, e só escolhemos estes”.
A venda do antigo Martinhal Cascais à família Pinto Coelho, do Onyria, foi descrita por Chitra como “uma oportunidade win-win”, com a fundadora do grupo a afirmar que estão a olhar para outros projetos em Portugal. No entanto, esta não esconde que “somos muito picuinhas em relação aos projetos que escolhemos”, pelo que preferiu não adiantar os projetos em vista para um futuro próximo.
*Notícia alterada com o valor atualizado de investimento