Britânicos lideram ocupação hoteleira no Algarve em março
O mercado britânico contribuiu para o maior número de dormidas e hóspedes no território algarvio.
Em março, o mercado britânico contribuiu para o maior número de dormidas e hóspedes no território algarvio.
Os dados são adiantados pela Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) em comunicado.
No passado mês de março, a maior fatia das dormidas coube aos turistas britânicos (32,3%), seguida pelos portugueses (14,7%), alemães (11,0%) e holandeses (9,8%).
Também no número de hóspedes se assinalou a mesma tendência, com os britânicos a lideraram com 26,9%, seguidos pelos portugueses (25,3%), alemães (8,1%) e franceses (7,3%).
No entanto, é de assinalar que, de janeiro a março de 2022, o Reino Unido é o mercado com a maior descida acumulada de ocupação por quarto face a 2019 (-1,9pp, -20,8%), seguido pela Alemanha (-1,7pp, -38,6%) e Holanda (-0,6pp, -13,7%).
Em relação a 2019, alguns mercados registaram subidas na ocupação por quarto, nomeadamente o francês (+0,8pp, +49,0%), o irlandês (+0,3pp, +27,8%) e o norte americano (+0,2pp, +37,7%). As maiores descidas foram as do mercado alemão (-2,6pp, -40,1%) e holandês (-0,7pp, -16,4%).
Durante março de 2022, a estadia média por pessoa situou-se nas 4,2 noites, menos 0,4 que no período homólogo de 2019. Os suecos, com 8,6 noites, registaram as estadias mais prolongadas, seguidos dos canadianos, com 7,4 noites, holandeses, com 7,1 noites, e noruegueses, com 6,3 noites.
A estadia média dos turistas portugueses foi de 2,4 noites, um valor semelhante ao verificado em 2019.
Faro e Olhão foram os destinos algarvios mais procurados
A zona de Faro/Olhão foi a que registou a taxa de ocupação mais elevada em março, 64,1%, enquanto a mais baixa ocorreu na zona de Monte Gordo/Vila Real de Santo António, com 31,6%.
Comparativamente ao mês homólogo de 2019, as maiores subidas na ocupação de quarto foram registadas nas zonas de Lagos e Sagres (+3,3pp, +8,7%), bem como Vilamoura, Quarteira e Quinta do Lago (+6,6pp, +14,5%). As principais quebras ocorreram em Monte Gordo e Vila Real de Santo António (-22,2pp, -41,3%), Carvoeiro e Armação de Pêra (-14,7pp, -29,8%) e Albufeira (-14,5%, -23,9%).
Os hotéis e aparthotéis de três e duas estrelas foram os que registaram a taxa de ocupação mais alta (57,4%) em março. Já a ocupação mais baixa ocorreu nos hotéis e aparthotéis de cinco estrelas (39,2%).
Relativamente a março de 2019, as principais descidas verificaram-se nos hotéis e aparthotéis de cinco estrelas (-12,2pp, – 23,0%) e nas unidades de quatro estrelas (-9,0pp, -17,0%). Os hotéis e aparthotéis de três e duas estrelas registaram uma subida de 11,4pp (+24,7%).
Ainda no mês de março, os turistas britânicos representaram o maior número de dormidas em quase todas as zonas, com exceção de Monte Gordo/Vila Real de Santo António, onde dominou a presença dos holandeses.
Relativamente ao número de hóspedes, os britânicos foram o principal mercado no município de Loulé e Albufeira, assim como na zona de Portimão/Praia da Rocha. Nas restantes zonas, o maior número de hóspedes foi de turistas nacionais.
Os britânicos representaram o maior número de dormidas em quase todas as categorias, com exceção dos aldeamentos e apartamentos de três estrelas, onde os portugueses foram o principal mercado.
Os britânicos representaram também o maior número de hóspedes dos hotéis e aparthoteis de cinco estrelas, assim como nos aldeamentos e apartamentos turísticos de cinco e quatro estrelas. Nas restantes categorias, o maior número de hóspedes coube aos portugueses
Ocupação ainda se encontra abaixo dos valores de 2019
A taxa de ocupação quarto no Algarve foi de 46,0%, 5,6 pontos percentuais abaixo do verificado em março de 2019 (-10,9%). Em termos acumulados, desde o início do ano, este indicador encontra-se 13,7% abaixo (-5,8pp) do verificado no período homólogo de 2019.
Já a taxa de ocupação por cama foi de 34,6%, 4,9pp abaixo da verificada em março de 2019 (-12,4%).
De notar que a taxa de ocupação aproximou-se do valor médio para este mês. No entanto, a subida de 740% relativamente a março de 2021 corresponde a uma descida de -10,9% relativamente ao mesmo mês de 2019.
A variação homóloga verificada é justificada pela pandemia por COVID-19, cujo impacto na hotelaria começou a sentir-se no início de março de 2020. A taxa de ocupação média nos últimos doze meses ficou nos 41,2%.