INE: RevPAR e ADR atingem máximos históricos em agosto
Segundo o INE, o alojamento turístico registou, em agosto, proveitos totais de 797,0 milhões de euros, enquanto os proveitos por aposento somaram 639,0 milhões de euros, traduzindo subidas de 24,9% e 25,7% face a agosto de 2019.
Agosto coloca atividade turística novamente em máximos históricos
Grupo SANA abre portas do EVOLUTION Valbom após investimento de 12M€
Mama Shelter Lisboa aposta em novo chef
Pedro Machado prefere aumento do IVA turístico para evitar novas taxas
Alojamento Local dos Açores pede reforço do investimento no combate à sazonalidade
Algarve reduz em 13% consumo de água com selo “Save Water”
58 hotéis na Tailândia distinguidos com Chaves Michelin
Parque Terra Nostra investe em obras de valorização do tanque termal
Six Senses Douro Valley aposta da diversificação de mercados
O alojamento turístico registou, em agosto, proveitos totais no valor de 797,0 milhões de euros, enquanto os proveitos por aposento somaram 639,0 milhões de euros, valores que traduzem subidas de 24,9% e 25,7% face a igual mês de 2019, respetivamente, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE), que indica mesmo que o RevPAR e o ADR foram os “mais elevados desde que há registo”.
“O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 102,2 euros em agosto e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 137,2 euros, os valores mais elevados desde que há registo (+41,8% e +17,8% face a agosto de 2021). Em relação a agosto de 2019, o RevPAR aumentou 21,1% e o ADR cresceu 18,1%”, indica o INE, no comunicado que acompanha os dados a atividade turística de agosto, divulgados esta sexta-feira, 14 de outubro.
Em agosto, o Algarve concentrou 38,8% dos proveitos totais e 38,4% dos relativos a aposento, seguindo-se a AM Lisboa (21,7% e 22,5%, respetivamente) e o Norte (14,0% e 14,2%, pela mesma ordem). Já os valores de RevPAR mais elevados foram registados no Algarve (151,0 euros) e AM Lisboa (107,8 euros).
O INE revela que, desde o início do ano, o RevPAR “aumentou 90,4%”, com crescimentos de 93,3% na hotelaria, 104,8% no alojamento local e 19,0% no turismo no espaço rural e de habitação.
Já os proveitos cresceram, no acumulado até agosto, 163,7% no total e 163,5% nos relativos a aposento face ao mesmo período de 2021, enquanto na comparação com 2019, “verificaram-se aumentos de 13,2% e 14,3%, respetivamente”.
O INE diz que “a evolução dos proveitos foi positiva nos três segmentos de alojamento” durante os primeiros oito meses de 2022 e revela que, face a 2019, os proveitos totais na hotelaria aumentaram 12,0% e os de aposento cresceram 13,1%, enquanto nos estabelecimentos de alojamento local registaram-se subidas de 10,2% e 11,2%, e no turismo no espaço rural e de habitação os aumentos atingiram
61,6% e 59,0%, pela mesma ordem.
Os dados divulgados esta sexta-feira, 14 de outubro, pelo INE confirmam também que, em agosto, o setor do alojamento turístico nacional registou 3,4 milhões de hóspedes e 9,9 milhões de dormidas, “os valores mensais mais elevados desde que há registo”, o que traduz aumento de 33,0% e 31,9% face a igual mês de 2021 e de 1,2% e 2,8% face a agosto de 2019.
O mercado interno contribuiu com 3,7 milhões de dormidas, o que corresponde a uma descida de 11,4% face a igual mês do ano passado, enquanto os mercados externos, cujo peso chegou aos 62,4%, totalizaram 6,2 milhões de dormidas, o que traduz um aumento de 86,9%. Face a 2019, as dormidas de residentes aumentaram 8,2% enquanto as de não residentes diminuíram 0,2%.
Já a taxa líquida de ocupação-cama (68,3%) aumentou 10,6 pontos percentuais em agosto, “ficando ligeiramente abaixo dos 68,7% observados em agosto de 2019”, acrescenta o INE.
Em agosto, houve “aumentos das dormidas em todas as regiões”, tendo o Algarve concentrado 32,2% das dormidas, seguindo-se a AM Lisboa (21,1%), o Norte (16,5%) e o Centro (11,6%). Em comparação com 2019, apenas o Algarve registou um decréscimo (-7,1%), enquanto s aumentos mais expressivos ocorreram na RA Madeira (+16,9%) e no Norte (+15,9%).
Por municípios, o INE destaca Lisboa e Albufeira como aqueles que registaram “maior representatividade no total nacional da atividade turística”, uma vez que, em conjunto, estes dois municípios “concentraram 27,1% do total de dormidas do país e 32,9% do total de dormidas de não residentes”.
“O município de Lisboa atingiu 1,5 milhões (quota de 14,9% do total). Comparando com agosto de 2019, as dormidas aumentaram 2,1% (+11,4% nos residentes e +0,6% nos não residentes). Em Albufeira, registaram-se 1,2 milhões de dormidas (peso de 12,2% do total), o que representa uma redução de 11,8% face a agosto de 2019 (-6,0% nos residentes e -14,7% nos não residentes)”, indica o INE.
Já as taxas líquidas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se no Algarve (76,0%), RA Madeira (74,8%) e RA Açores (71,9%), enquanto os maiores acréscimos neste indicador verificaram-se na AM Lisboa e no Norte (+23,0 p.p. e +14,3 p.p., respetivamente).