Créditos: Vila Galé
Associação Portuguesa de SPAS pretende “unir e representar os intervenientes” do setor
A garantia é dada por Cristina Valente-Pedro, vice-presidente da Associação Portuguesa de Spas – APSPT, que em entrevista à Publituris Hotelaria explica em que moldes funciona a recém-criada associação e quem é elegível para se tornar associado.
Congresso AHRESP: Turismo Centro de Portugal assegura estar preparado “para receber mais turistas”
AHRESP exige ter voz ativa sobre taxas turísticas e pede reposição dos valores de IVA
Agosto coloca atividade turística novamente em máximos históricos
Nova edição: Entrevista a George Vinter e Lior Zach, fundadores da BOA Hotels
Pedro Machado prefere aumento do IVA turístico para evitar novas taxas
Six Senses Douro Valley aposta da diversificação de mercados
Holiday Inn Braga já abriu
A Associação Portuguesa de SPAS (APSPT) chega ao setor com o propósito de “unir e representar os diferentes intervenientes deste setor, promovendo a colaboração, a qualidade e a promoção dos spas em todo o país”.
A garantia é dada por Cristina Valente-Pedro, vice-presidente da Associação Portuguesa de Spas – APSPT, que em entrevista à Publituris Hotelaria explica que, apesar de a associação ter sido constituída legalmente no âmbito das Associações de Empregadores em setembro de 2022, foi formalmente apresentada ao Turismo de Portugal a 21 de junho deste ano.
Desta forma, a associação dispõe-se a criar um selo de certificação, o “Authentic Spa”, para os seus associados, uma vez que consideram não existir atualmente “um padrão de qualidade com requisitos mínimos para a utilização do conceito ‘spa’”, como indicaram em comunicado de imprensa.
“Em Portugal existem cerca de 620 unidades de spa registadas no Registo Nacional do Turismo (RNT, 06/2023), contudo, este número não é representativo da totalidade de tipologias de spas existentes. A oferta nacional apresenta-se unificada ou redundante, sem grande transparência da oferta ao cliente”, afirma Cristina Valente-Pedro em declarações à Publituris Hotelaria.
A profissional explica ainda que, “por outro lado, também existem vários espaços que usam a designação ‘spa’ e que não se enquadram na nossa definição de Spa”, que a associação entende como “uma unidade com instalações dedicadas à prevenção e promoção da saúde e bem-estar, através de tratamentos com recurso à água e outras experiências holísticas, praticadas por profissionais qualificados num ambiente sensorialmente relaxante”.
Dada esta “lacuna na transparência da oferta spa ao cliente”, a associação predispõe-se a “estabelecer padrões de qualidade e de certificação para os spas em Portugal” com a criação do selo Authentic Spa, atribuído apenas aos espaços que cumpram com os critérios da associação. A “organização de uma conferência anual vocacionada exclusivamente para o setor do turismo, spa e bem-estar” é outro dos desígnios da recém-criada instituição, bem como proporcionar aos associados recursos e ferramentas essenciais à promoção e divulgação das suas unidades de spa.
Unidades de spa devem cumprir requisitos para se tornarem associados
De momento a associação conta com 17 unidades de spa na sua lista de associados, no entanto, Cristina Valente-Pedro ressalva que a APSPT “ainda está na sua fase de arranque”.
A profissional explica que “podem tornar-se sócios as empresas e outras entidades que se dediquem à exploração ou gestão de unidades spa e spa talasso no território nacional”, sendo que no website da associação é ainda apontado que são elegíveis estudantes e académicos da área de Spa, bem como profissionais e escolas deste setor.
Para integrar a APSPT, Cristina explica que as unidades de spa devem cumprir com pelo menos três dos seguintes requisitos: um equipamento com recurso a água para uso livre do cliente (como piscina ou banho turco); um equipamento para tratamentos com recurso a água (como duche Vichy ou banheira de hidromassagem); vestiários próprios e zona de relaxamento.
Coloca-se também a necessidade de os spas disponibilizarem de forma constante determinados tratamentos no seu menu de serviços, pelo menos um das seguintes categorias: tratamentos faciais; tratamentos corporais com água; massagens e terapias holísticas ou sessões wellness, como Yoga ou meditação.
Por fim, um Authentic Spa requer profissionais certificados com pelo menos: um curso profissional de nível 4 do Quadro Nacional de Qualificações (QNQ) para a função de Responsável Técnico da unidade; metade dos elementos da equipa técnica com curso profissional de nível 4 do QNQ; certificação reconhecida pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) para os profissionais especializados em tratamentos/terapias específicas – como Shiatsu e Reiki – como garantia da prestação dos serviços de forma segura e eficaz recorrendo a profissionais formados e competentes.
A Associação Portuguesa de Spas conta com Paula Guedes como presidente e partner da TOPSPA Consultants; Liliana Ferreira com vice-presidente e corporate spa manager dos Satsanga Spa & Wellness – Grupo Vila Galé; Cristina Pedro como vice-presidente, investigadora do CinTurs e Spa Manager no Royal Spa Vale do Lobo; Catarina Lopes como vogal e general manager dos Magic Spa – Grupo Pestana; Susana Correia como vogal e spa manager do Grupo Savoy e Angelina Diegues como vogal e spa manager do Grupo Real – Spa Talasso.