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“Os bons hotéis, com boas estruturas, com bons serviços vão sempre sobreviver”

Há 11 anos à frente dos destinos do Lisbon Marriott Hotel, o dia 1 de maio marca a saída de Elmar Derkitsch da direção-geral do hotel. Entre muitas coisas que se passaram pela unidade da maior cadeia hoteleira do mundo, Elmar Derkitsch diz “levar as pessoas que conviveram com ele no Marriott”.

Victor Jorge
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“Os bons hotéis, com boas estruturas, com bons serviços vão sempre sobreviver”

Há 11 anos à frente dos destinos do Lisbon Marriott Hotel, o dia 1 de maio marca a saída de Elmar Derkitsch da direção-geral do hotel. Entre muitas coisas que se passaram pela unidade da maior cadeia hoteleira do mundo, Elmar Derkitsch diz “levar as pessoas que conviveram com ele no Marriott”.

Victor Jorge
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Há 11 anos à frente dos destinos do Lisbon Marriott Hotel, o dia 1 de maio marca a saída de Elmar Derkitsch da direção-geral do hotel. Entre muitas coisas que se passaram pela unidade da maior cadeia hoteleira do mundo, Elmar Derkitsch diz “levar as pessoas que conviveram com ele no Marriott”.

Com passagens pela Alemanha, Suíça, Espanha, Áustria, Turquia e Dinamarca, os últimos 11 anos de Elmar Derkitsch foram passados à frente do Lisbon Marriott Hotel. O dia 1 de maio de 2024 marca o final deste ciclo, admitindo que o trabalho feito no Marriott de Lisboa foi marcado pelo “dinamismo”. Quanto a Portugal, país onde permanecerá a residir, Elmar Derkitsch frisa que passou de um destino “perhaps” para um destino “must”.

Assumiu a direção-geral do Lisbon Marriott Hotel em abril de 2013. Que Elmar temos hoje, 11 anos depois, em 2024. Que diferenças existem entre uma pessoa e outra, entre um diretor que assumiu, em 2013, esta responsabilidade e que está agora, em 2024, a acabar esse ciclo?

Bem, quando entrei estávamos em plena crise financeira. Por isso, foi, basicamente, entrar num projeto e recuperar negócio. E desde aí fizemos bastante, principalmente, a partir de 2015-2016. Todo o mercado registou uma grande evolução a partir dessa altura.
Mas pessoalmente, penso não ter mudado muito, além da idade, claro. A energia, a vontade manteve-se sempre e a preocupação passou sempre por melhorar e renovar o hotel.

Em 2014 começámos por renovar os quartos, depois as zonas públicas numa lógica de adaptar o projeto às necessidades dos clientes. Essa estratégia, juntamente com os proprietários do imóvel, funcionou e tem funcionado muito bem.
Depois, como disse, soubemos aproveitar muito bem o crescimento que o turismo em Portugal registou a partir de 2015.

A nível pessoal, comparando com um amigo que se reformou há relativamente pouco tempo e que me dizia que no último ano ou dois não tinha muito para fazer, aqui foi sempre “full power” [risos].

Por isso, conto trabalhar no máximo até ao meu último dia aqui no Marriott, que é dia 1 de maio, por sinal, o Dia do Trabalhador.

Os projetos não param e um hotel é algo dinâmico onde não podemos parar.

E a sua perceção relativamente a Portugal? Como é que ela foi mudando ao longo deste tempo?

Sabe, Portugal em 2013 ainda era o que podemos apelidar de “hidden secret”. Era um segredo muito bem guardado, que só alguns conheciam e queriam conhecer. Depois, a partir de 2015-2016 deu-se um “boom” e foi “full power” para chegarmos onde chegámos. Por isso, estes anos, principalmente, desde 2016, foram espetaculares, de um grande frenesim, de gente de todo o mundo a descobrir e querer descobrir este país, este destino que estava muito “escondido”.

O desafio foi conseguir reposicionar o produto para um mercado que até então não existia. Mas aí não fomos só nós, foi o mercado todo.

Por isso, essa transformação, a partir de 2016, foi um grande trabalho feito por todos e pelo Turismo de Portugal que conseguiu colocar Portugal como um destino “must” e não “perhaps”.

De repente o turismo tornou-se algo importante para Portugal e para a sua economia e começou-se a olhar para este setor de uma forma diferente, mais profissional. As pessoas começaram a perceber a relevância que o turismo poderia ter para toda a economia. De repente os hotéis deixaram de ser locais onde as pessoas simplesmente dormiam e passaram a ser locais de interesse, de experiências.

Além disso, todo este desenvolvimento permitiu, também, que os investidores nacionais e internacionais, mas principalmente internacionais, começassem a olhar para Portugal e para o turismo em Portugal de uma forma diferente e melhor.
Hoje, as maiores cadeias de hotéis estão em Portugal e porquê, porque se tornou um mercado interessante para investir.

O reconhecimento, a perceção de Portugal lá fora melhorou imenso e isso é bem visível.

Antigamente, em termos de restauração, por exemplo, tínhamos restaurantes portugueses, portugueses e portugueses. Hoje, percorremos Lisboa e temos uma panóplia variada de oferta e isso, também, agrada a quem nos visita. Mostra cidades cosmopolitas e adaptadas à procura.

Mas curiosamente ainda existe um estigma por ir ao restaurante de um hotel?

Sim, mas cada vez menos. Repare, aqui no Lisbon Marriott Hotel temos 604 quartos. Quando o hotel está cheio temos mais de 700 ou 800 pessoas e elas precisam de comer nalgum sítio. E muitas vezes, depois de um dia de passeio, de visitas a vários locais, posso dizer-lhe que temos o restaurante cheio. As pessoas estão cansadas e não querem sair, preferem descansar para no dia seguintes estarem prontas para mais uns passeios.

No nosso caso, o facto de não termos porta do restaurante para o exterior pode ser penalizador e aceito que as pessoas não queiram entrar no lobby para descer para o restaurante do hotel.

Mas reconheço que há ofertas muito boas em termos de restaurantes de hotel.

Créditos: Frame It

Quando falamos do Lisbon Marriott Hotel falamos de um hotel …?

Corporate. Esse é o foco. Temos uma equipa altamente profissional que garante preços competitivos. Esse é o ponto. Por outro lado, a transformação do produto também levou a que adaptássemos e atualizássemos o hotel.

O bar do lobby é uma “sucess history”. Antes, em 2013, tínhamos um típico bar de hotel, datado, onde não acontecia nada. Agora não. É, como costumo dizer, um “booming place” e, mais importante que tudo, fazemos dinheiro com o bar.

Isso mostra o dinamismo do hotel?

Sim, claro. Existe um novo espaço para as pessoas estarem, conversarem e fazerem network.

E o tipo de cliente/hóspede mudou muito?

Sim, claro. Ainda relativamente ao bar, quando mudamos o setup da lobby, claro que tivemos alguns clientes antigos que não gostaram. Mas é uma minoria, talvez 5%. Os outros 95% gostaram. E isso é importante, ir ao encontro do que o cliente, o nosso hóspede quer e espera.

À descoberta de um Portugal “secreto”

Mas o Elmar passou por países como a Áustria, Alemanha, Espanha, Turquia, Dinamarca. Olhando para todos esses países, e principalmente para aqueles que são mais concorrentes de Portugal, como Espanha e Turquia, como é que Portugal se posiciona?

É preciso notar que Espanha e Turquia já eram mais conhecidos como destinos turísticos. Portugal, como referi, era um “hidden secret” e isso beneficiou muito o país que agora está na boca de todo o mundo.

Quando olhamos para Espanha, por exemplo, destinos como Benidorm ou Maiorca não evoluíram muito, não se atualizaram. Quando olhamos para a construção nesses locais, felizmente, em Portugal, não houve essa construção desenfreada.

Talvez um pouco no Algarve, mas Portugal tem uma costa lindíssima, com natureza.
Nesse ponto, Portugal tem um pensamento mais amigo do ambiente, onde se conserva melhor a natureza.

E como também já referi, é isto que atrai os investidores internacionais, principalmente, depois daquele período da Troika.

Mas esse olhar dos investidores internacionais está mais centrado em Lisboa e Porto, embora se fale muito agora na descentralização para o Interior. Estamos a crescer demasiado nas grandes cidades?

Para os hotéis existentes, é sempre melhor que a situação fique como está. Mas chega a um ponto que deixa de funcionar, deixa de haver novidade e sabemos como o mercado funciona. Se há procura tem de haver oferta.

Os bons hotéis, com boas estruturas, com bons serviços vão sempre sobreviver e existe sempre espaço.

E a tipologia – em termos de estrelas – qual deve ser?

Existe mercado para todos. Mesmo o Alojamento Local veio dar uma outra e nova dinâmica ao destino e às cidades. É um target diferente e que complementa o que existe. No corporate, por exemplo, o nosso hóspede não quer a oferte de Alojamento Local. Quer chegar a um hotel, ao quarto e ter as coisas feitas, arrumadas, quer um check-in sem complicações, quer estar num sítio onde a Internet funciona, onde há serviço de limpeza. É “come in and go out” sem complicações.

Créditos: Frame It

MICE factor

No caso do Lisbon Marriott Hotel estamos a falar de uma unidade localizada no centro de Lisboa, focada no corporate. É também por aí que deverá passar a aposta, pelo MICE?

Sim, 50 a 60% do nosso negócio é corporate. 40% é lazer. Por isso, temos de olhar também para esse segmento do lazer. Tal como para as tripulações das companhias aéreas que representam 5 a 8% do negócio.

Mas sim, existe uma clara possibilidade de Lisboa, Porto e Algarve crescerem no MICE. Mas coloca-se, também, a questão do que recebemos por parte do Turismo de Lisboa e do Turismo de Portugal.

Quando trabalhei em Dinamarca, em Copenhague, os hotéis fizeram uma parceria, uma Public-Private Partnership com o Turismo de Copenhague. Foi criado um plano de ação, controlado por ambas as partes – cidade e hotéis -, bem como agências de viagens para avançar com o que era necessário para captar esse segmento MICE. E funcionou muito bem. Havia uma estratégia definida. É isso que falta em Lisboa e noutras cidades.

Mas também faltam locais para depois albergar esse segmento MICE. Não existem muitos locais para ter grandes congressos, para ter 7.000 ou 10.000 pessoas.

Não temos espaços para esse número, nem para 2.000 ou 3.000 pessoas. Há falta de espaços e assim é difícil captar esse segmento.

Não podemos somente pensar em espaços para 10.000 ou 15.000 pessoas. Quantas vezes tens esse tipo de eventos? E depois, quando não há? É complicado, porque tens o espaço, mas não tens como preencher.

Créditos: Frame It

Em 2022, quando foi entrevistado para a Publituris Hotelaria, admitia que “os clientes pagam preços bons, os clientes querem qualidade e pagam”. O preço não é o desafio? Essa perceção mantém-se?

Sim, essa perceção mantém-se. O cliente paga, mas cada vez mais é preciso ter serviço e produto. O mercado está pronto para pagar mais. Estamos abaixo de Barcelona, Paris ou Londres. Os preços ainda têm potencial para crescer, mas é preciso acompanhar essa subida de preço com serviço. Não podemos querer cobrar mais e não oferecer mais. É uma troca que o hóspede, se a receber, pagará mais.

E os clientes estão diferentes?

Sim, mas fundamentalmente, o que o cliente, o hóspede quer é serviço e um serviço cada vez mais personalizado. Personalizado e simples. Mas temos de perceber se é um cliente corporate ou leisure. Aqui os serviços a oferecer também têm de ser diferentes e adaptados às necessidades e exigências. Até porque um cliente corporate satisfeito pode tornar-se num cliente leisure.

Vida pós-Marriott

Agora numa vertente mais pessoal, vai deixar a direção-geral do Marriott Lisbon no dia 1 de maio de 2024. Deixa o hotel como gostaria de deixar?

Creio que estamos no bom caminho, mas é como disse, é algo dinâmico.

E é fácil encontrar pessoas para trabalhar neste hotel?

Essa é a parte mais importante e que a pandemia dificultou. Mas também é a parte mais emocional para mim. Conheço todos os funcionários, conheço bastantes histórias e foi triste quando precisámos reduzir o quadro de pessoal durante a pandemia.

Quando o negócio voltou, foi um desafio, tínhamos clientes, mas não tínhamos funcionários. E foi impressionante como os hóspedes aguentaram e compreendiam as dificuldades colocadas pela falta de pessoal.

Os hóspedes entendiam nessa altura, agora já não?

Agora, já não. Aquela “lua-de-mel” já passou. Agora se falhar alguma coisa, o hóspede não fica contente, já não compreende não termos pessoal, de não prestarmos um bom serviço.

Nós saímos da pandemia com 130 ou 140 funcionários. Atualmente, temos 230. O problema está em encontrar pessoas com as qualificações e experiências necessárias. Por isso mesmo, colocámos um grande foco no nosso departamento de recursos humanos que passou de três para cinco pessoas. Além disso, a formação que demos e damos também é muito importante para todos.

Uma marca que o Elmar também deixa no Lisbon Marriott Hotel é a Gala, com um forte impacto social. Esta ligação entre o hotel e a comunidade local é importante?

Essa ligação com a comunidade, de facto, é importante, é essencial. Mas essa é uma filosofia nossa. Temos uma responsabilidade de apoiar e ajudar as comunidades onde estamos. Nós não fazemos só negócio aqui. Nós trabalhamos, vivemos e convivemos aqui.

Por isso, também temos de dar algo em troca às comunidades onde estamos. Não podemos dizer, estou a fazer o meu negócio e não me importa. Não é. Então, nós também fazemos algo pelo local e pelas pessoas onde estamos. Por isso, a Gala é só um tópico, mas temos relações bastante boas.

Temos um programa para integrar pessoas com dificuldades com a ReShape, trabalhamos de perto com a Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, com a Reefood.

É gratificante ver como essas pessoas crescem e as pessoas reconhecem, de facto, a ajuda que estão a receber.

Créditos: Frame It

Que conselhos dá a quem vem preencher o lugar do Elmar a partir do dia 1 de maio?

Ouvir os funcionários. É importante e gratificante falar com as pessoas, com os funcionários, perceber o que funciona e o que não funciona. É isso que irei levar comigo para sempre, as pessoas que conviveram comigo durante a minha passagem pelo Marriott.
Nós temos reuniões constantes com a Comissão de Trabalhadores. Naturalmente, que não estamos sempre de acordo, mas sabemos que cada um tem o seu papel. Mas falamos e tentamos sempre chegar a um consenso e ao melhor resultados para todos.

E que recordações é que o Elmar leva de Portugal?

Não vou levar nenhumas, porque vou ficar em Portugal.

E o que vai fazer?

Relaxar. Vou dar ajuda numa associação de austríacos, vou continuar a praticar o desporto, fazer natação, andar de bicicleta, fazer o meu jogging. E vou começar a estudar, música e História de Arte, algo que sempre me apaixonou.
E claro, viajar muito.

*Entrevista originalmente publicada em abril na edição n.º 215 da Publituris Hotelaria.

Sugestões

Hotéis Octant em Ponta Delgada e Furnas promovem atividades vínicas

Os hotéis Octant em Ponta Delgada e nas Furnas promovem atividades à volta do vinho entre outubro e novembro através de um jantar vínico e uma formação internacional sobre vinhos ministrada pela Wine & Spirit Education Trust (WSET).

Os hotéis Octant em Ponta Delgada e nas Furnas promovem atividades à volta do vinho entre outubro e novembro através de um jantar vínico e uma formação internacional sobre vinhos ministrada pela Wine & Spirit Education Trust (WSET).

A 31 de outubro terá lugar no Octant Ponta Delgada um jantar vínico em parceria com a garrafeira “Vinha”, dedicada a vinhos portugueses. A refeição conta com a presença de Luís Sotto Mayor, enólogo da Sogrape, que irá guiar os comensais pelas cinco referências de vinhos que vão harmonizar o menu do chef Paulo Leite, criado para este momento.

O jantar vínico começa com um cocktail de boas-vindas do Quinta da Romeira Espumante Bruto Branco de 2022, acompanhado por snacks como tártaro de novilho com massa sovada e caviar ou atum galha-à-ré com algas e citrinos. Nos pratos principais o Casa Ferreirinha Vinha Grande Branco 2022 harmoniza o Cantaro com feijoada de marisco, lula e tutano, e o Antónia Adelaide Ferreira Tinto 2019 acompanha a bochecha de novilho com terrina de batata e presunto Pata Negra, cogumelos e molho de vinho tinto. O jantar tem início às 20h00 e um custo de 65 euros por pessoa.

Já de 11 a 14 de novembro, o Octant Furnas recebe o curso de qualificação WSET ministrado por Sara Rodrigues e Matos.

Dividida em dois níveis, a certificação “permite aperfeiçoar os conhecimentos do mundo vínico”, como referido em nota de imprensa. O nível 1, um curso de iniciação ao vinho, explora os principais tipos e estilos de vinhos através da visão, do olfato e do gosto, e permite adquirir competências básicas para descrever os vinhos e realizar a junção entre vinhos e comida. Já o nível 2 aborda as principais castas, regiões vinícolas, métodos de produção e análise sensorial. Os lugares são limitados e as inscrições devem ser realizadas diretamente com a The Wine House através do seu website.

Fornecedores

Groupe GM marca presença na Decorhotel para apresentar novidades

A Groupe GM, empresa dedicada à produção e distribuição de amenities e equipamentos para o setor hoteleiro, vai estar presente na 7ª edição da Decorhotel para apresentar as novidades lançadas ao longo deste ano.

A Groupe GM, empresa dedicada à produção e distribuição de amenities e equipamentos para o setor hoteleiro, vai estar presente na 7ª edição da Decorhotel para apresentar as novidades lançadas ao longo deste ano.

De entre as novidades encontram-se os produtos da marca Vacavaliente, com produtos de decoração e papelaria personalizáveis e fabricados em couro reciclado, produzidos na península ibérica.

Nesta edição, a empresa apresenta também ao público pela primeira vez as novas linhas de amenities das marcas portuguesas Ruby Red da Portus Cale e Lavanda da Ach. Brito, além da sua aposta no reforço da área de equipamento e personalizações, com a restruturação de um departamento próprio. O grupo aproveita também a ocasião para mostrar representações exclusivas de marcas como a Corby of Windsor, Valera, Brabantia, Kludi, Samo Linea Beta, Decor Walther, Northmace, Vitrifrigo e Metalcarrelli.

A empresa estará presente no certame no stand 5D04 na Exponor, em Matosinhos, de 24 a 26 de outubro, das 10h00 às 19h00.

Formação

Universidade Europeia e Câmara Municipal de Cascais assinam protocolo de cooperação

A Universidade Europeia e a Câmara Municipal de Cascais estabeleceram esta segunda-feira, 21 de outubro, um protocolo de cooperação. O objetivo passa por promover a realização de iniciativas nas áreas do turismo e da gastronomia, numa colaboração assenta nos domínios da investigação, transferência de conhecimento, prestação de serviços, projetos e eventos que promovam o Turismo Gastronómico.

A Universidade Europeia e a Câmara Municipal de Cascais estabeleceram esta segunda-feira, 21 de outubro, um protocolo de cooperação. O objetivo passa por promover a realização de iniciativas nas áreas do turismo e da gastronomia, numa colaboração assenta nos domínios da investigação, transferência de conhecimento, prestação de serviços, projetos e eventos que promovam o Turismo Gastronómico.

Recentemente, a Câmara Municipal de Cascais (CMC) criou o projeto Cascais Food Lab, onde pretende “dinamizar as áreas da gastronomia e turismo, e aplicá-las à gastronomia local, nomeadamente na oferta da restauração do concelho e no incremento das competências dos colaboradores desta área”, como dá conta em nota de imprensa.

Agora, no âmbito desta colaboração com a Universidade Europeia, os colaboradores municipais que pretendam aprofundar os seus conhecimentos nestas áreas podem usufruir de um desconto na inscrição e nas propinas para licenciaturas, pós-graduações e mestrados.

Recorde-se que a Universidade Europeia oferece programas bem estabelecidos na área do Turismo e Hospitalidade como é o caso das duas licenciaturas em Turismo e em Gestão Hoteleira, o Mestrado em Gestão do Turismo e as três Pós-graduações em Gestão Hoteleira, Gastronomia Criativa e Imagem, Protocolo e Organização de Eventos.

Sugestões

Crowne Plaza Porto lança Porto Urban Spa com as marcas PostQuam e Rituals

O Hotel Crowne Plaza Porto renovou a área de bem-estar e beleza, acrescentando duas marcas de cosmética internacionais à sua oferta, a PosQuam e a Rituals.

O Hotel Crowne Plaza Porto renovou a área de bem-estar e beleza, acrescentando duas marcas de cosmética internacionais à sua oferta, a PosQuam e a Rituals.

Com um novo nome e uma nova imagem, o spa do Crowne Plaza Porto atualiza o seu conceito e aposta numa oferta “versátil e personalizada”, como indicado em nota de imprensa. Os tratamentos com os produtos da Rituals incluem hidratações e esfoliações intensas, suaves ou moderadas (60minutos por 95 euros). Os ingredientes dos produtos vão do matcha ao óleo de abacate, passando pelo mel, sal marinho e óleo de sementes de girassol.

Já para o rosto, a Rituals oferece tratamentos para pele normal, seca, oleosa e mista com rituais como prevenção anti-rugas, rejuvenescimento facial ou tratamento anti-acne, todos com uma duração de 75 minutos e o valor 125 euros.

Já a PostQuam marca presença no Porto Urban Spa com produtos ricos em princípios ativos como o ácido hialurónico, retinol, vitamina C, ceramidas, niacinamidas, extratos de plantas e ácidos frutais. Estes estão disponíveis num menu de massagens orientais (140 euros), relaxantes (75 euros), terapêuticas (50 euros), desportivas (60 euros), a quatro mãos (150 euros), com pedras (100 euros) ou velas quentes (110 euros). Há ainda massagens pensadas para casais, homens, grávidas e drenagens linfáticas, com técnicas para tratar a firmeza e a celulite.

Nos cuidados para o rosto, destacam-se as limpezas de pele e o tratamento lifting anti-rugas com produtos compostos por ácido hialurónico e sessões de reflexologia (45 euros).

Os clientes podem ainda usufruir da sala de relaxamento, onde é servido um chá no final de cada tratamento, bem como do banho turco e da sauna.

O Porto Urban Spa funciona de segunda a sexta-feira, das 11h0 às 20h00, e ao sábado e domingo, entre as 10h00 e as 19h00. As massagens e tratamentos devem ser reservados através do contacto 22 607 25 40 ou do e-mail [email protected].

Six Senses Douro Valley | Créditos: DR

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Six Senses Douro Valley aposta da diversificação de mercados

O hotel pretende atrair mercados da região Ásia-Pacífico para diversificar o market share e, assim, aumentar os níveis de ocupação, ao mesmo tempo que mantém o preço médio. Estão ainda em vista alguns projetos de remodelação, maioritariamente no “back of the house”.

Carla Nunes

O Six Senses Douro Valley, localizado em Samodães, no vale do Douro, pretende trabalhar com novos mercados, tendo também em vista obras de remodelação nas instalações dedicadas para os funcionários – comumente designadas como “back of the house”.

A explicação parte do diretor-geral do Six Senses, André Buldini, que em entrevista a este órgão de comunicação deu conta do interesse em “trabalhar com mercados novos”. Atualmente, a ocupação do hotel cabe maioritariamente aos Estados Unidos da América, que ocupam 57% do market share da unidade, e aos mercados português, brasileiro e inglês. Agora, a expectativa passa por captar mais hóspedes provenientes da região Ásia-Pacífico.

“O mercado da Ásia-Pacífico é um mercado que tem vindo a crescer e agora há muitos voos diretos dessas cidades para o Porto. Queremos trabalhar esses mercados. Queremos [também] que [os mercados do] Brasil, Portugal e a Inglaterra ganhem mais relevância internamente, e queremos trabalhar mais na época baixa, com diferentes tipos de grupos”, referiu o diretor-geral.

Para alcançar este objetivo, André Buldini refere que têm já em linha várias Fam Trips, visitas de imprensa, parcerias e presença em feiras, além de um reforço nos esforços de marketing digital. Outra das expectativas para 2025 passa pelo crescimento da ocupação, mantendo o preço médio – um marco que o hotel espera alcançar com esta diversificação de mercados.

Também para o próximo ano, o hotel tem em vista obras de remodelação no “back of the house”, principalmente nas zonas de refeitório e balneários, para as quais alocou entre 800.000 a 900.000 euros, de acordo com André Buldini.

Após ter começado o início deste verão com renovações na zona envolvente da piscina do hotel, o Six Senses Douro Valley vai agora investir na criação de uma estufa junto ao jardim orgânico. O objetivo passa não só por criar “uma área de trabalho para os jardineiros”, como também um local para a organização de workshops orientados pela equipa de sustentabilidade do hotel, bem como alguns pop-ups gastronómicos.

Não se reportando a valores de faturação ou ocupação, André Buldini referiu que os anos de 2022, 2023 e 2024 “têm sido sempre anos de crescimento”. Quanto ao final deste ano, e no que às taxas de ocupação diz respeito, a antecipação do hotel é a de que os valores fiquem “alinhados com os do ano passado”.

Hotel Okura | Créditos: guide.michelin.com

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58 hotéis na Tailândia distinguidos com Chaves Michelin

Dos vários hotéis espalhados pelo país, oito foram destacados com Três Chaves, 19 com Duas Chaves e 31 unidades hoteleiras com Uma Chave.

A Autoridade de Turismo da Tailândia (TAT) deu conta em nota de imprensa que 58 dos seus hotéis foram galardoados pelas Chaves Michelin.

Dos vários hotéis espalhados pelo país, oito foram destacados com Três Chaves, 19 com Duas Chaves e 31 unidades hoteleiras com Uma Chave.

A Tailândia é o segundo país asiático a ver o seu setor hoteleiro premiado pelo Guia MICHELIN, que estreou a sua nova distinção, a Chave Michelin, em abril deste ano. Destinos como França, Espanha, Itália, Japão, EUA, Canadá e México, foram também distinguidos pelo galardão.

A Estrela Michelin reconhece os melhores restaurantes do mundo e a Chave Michelin faz o mesmo para os hotéis que se destacam. Uma Chave representa uma estadia muito especial, Duas Chaves destacam uma estadia excecional e Três Chaves, uma estadia extraordinária.

Conheça abaixo os hotéis galardoados.

Três Chaves Michelin

  • Mandarin Oriental Bangkok (Banguecoque);
  • The Siam (Banguecoque);
  • Keemala (Phuket);
  • Amanpuri (Phuket);
  • Four Seasons Resort Chiang Mai (Chiang Mai);
  • Soneva Kiri (Trat);
  • Samujana Villas (Surat Thani);
  • Phulay Bay, uma reserva do Ritz-Carlton (Krabi).


Duas Chaves Michelin

  • Capella Bangkok (Banguecoque);
  • Four Seasons Hotel Bangkok, no rio Chao Phraya (Banguecoque);
  • Park Hyatt Bangkok (Banguecoque);
  • Rosewood Bangkok (Banguecoque);
  • The Okura Prestige Bangkok (Banguecoque);
  • The Peninsula Bangkok (Banguecoque);
  • The Sukhothai Bangkok (Banguecoque);
  • Banyan Tree Samui (Ko Samui);
  • Napasai, A Belmond Hotel (Ko Samui);
  • SALA Samui Choengmon Beach (Ko Samui);
  • Six Senses Samui (Ko Samui);
  • The Sarojin (Phang-Nga);
  • Six Senses Yao Noi (Phang-Nga);
  • Banyan Tree Krabi (Krabi);
  • Pimalai Resort & Spa (Krabi);
  • InterContinental Phuket Resort (Phuket);
  • Rosewood Phuket (Phuket);
  • Rachamankha (Chiang Mai);
  • Anantara Golden Triangle Elephant Camp & Resort (Chiang Rai).

Uma chave Michelin

  • 137 Pillars Suites Bangkok (Banguecoque);
  • Anantara Siam Bangkok Hotel (Banguecoque);
  • COMO Metropolitan Bangkok (Banguecoque);
  • Intercontinental Bangkok (Banguecoque);
  • Kimpton Maa-Lai Bangkok (Banguecoque);
  • Oriental Residence Bangkok (Banguecoque);
  • SO Bangkok (Banguecoque);
  • The Standard Bangkok (Banguecoque);
  • Andara Resort & Villas (Phuket);
  • COMO Point Yamu (Phuket);
  • The Nai Harn Phuket (Phuket);
  • The Pavilions (Phuket);
  • The Slate (Phuket);
  • Trisara (Phuket);
  • The Racha (Phuket);
  • Veranda Resort & Villas Hua Hin Cha Am (Phetchaburi/Prachuap Khiri Khan);
  • Anantara Hua Hin Resort & Spa (Phetchaburi/Prachuap Khiri Khan);
  • The Standard Hua Hin (Phetchaburi/Prachuap Khiri Khan);
  • V Villas Hua Hin (Phetchaburi/Prachuap Khiri Khan);
  • Aleenta Resort & Spa, Hua-Hin (Phetchaburi/Prachuap Khiri Khan);
  • 137 Pillars House (Chiang Mai);
  • Aleenta Retreat Chiang Mai (Chiang Mai);
  • Raya Heritage (Chiang Mai);
  • Tamarind Village (Chiang Mai);
  • Anantara Lawana Resort and Spa (Surat Thani);
  • Kerem Luxury Beachfront Villas (Surat Thani);
  • Kimpton Kitalay Samui (Surat Thani);
  • Aleenta Phuket Phang Nga Resort & Spa (Phang-Nga);
  • Iniala Beach House (Phang-Nga);
  • InterContinental Khao Yai Resort (Nakhon Ratchasima);
  • Rayavadee (Krabi).
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Parque Terra Nostra investe em obras de valorização do tanque termal

O Tanque Termal do Parque Terra Nostra vai sofrer obras de valorização a partir de 21 de outubro, prevendo-se a sua abertura no início de 2025. 

O Tanque Termal do Parque Terra Nostra vai sofrer obras de valorização a partir de 21 de outubro, prevendo-se a sua abertura no início de 2025.  De acordo com o grupo  Bensaude, o objetivo passa por “oferecer um novo enquadramento paisagístico e modernizar o sistema de manutenção”, como dá conta em nota de imprensa.

Com a assinatura do arquiteto Luís Paulo Faria Ribeiro, “o projeto tem como grande prioridade a reorganização e a valorização da envolvente do Tanque Termal do Parque Terra Nostra”. Desta forma, além da recuperação e manutenção dos equipamentos de apoio existentes, serão acrescentados novas valências.

Esta intervenção, projetada há mais de um ano de acordo com o grupo, inclui ainda a modernização do sistema de manutenção do Tanque Termal, nomeadamente por recirculação forçada de todo o volume de água termal em sistemas de ultravioletas, para promover uma gestão mais eficiente e sustentável, sem alterar a idiossincrasia das águas.

“A estratégia de intervenção que se propõe está fortemente alicerçada no valor patrimonial do Parque Terra Nostra, nas suas dimensões paisagística, botânica, ambiental e turística. Assume especial importância neste processo o facto de o tanque e da sua envolvente constituírem a zona onde o parque teve origem”, explica Luís Paulo Faria Ribeiro.

Apesar de o Tanque Termal só reabrir no início de 2025, o Parque Terra Nostra permanece em funcionamento e aberto a visitantes.

Formação

2ª fase do programa “Competências do Futuro Algarve” com 28 ações de formação e sete ‘bootcamps’

A 2.ª fase do programa “Competências do Futuro Algarve” prevê 341 horas de formação distribuídas por 28 ações e sete ‘bootcamps’. No final das duas fases serão administradas um total de 550 horas de formação e 1.800 participantes até março de 2025.

De outubro de 2024 a março de 2025, o Turismo do Algarve e o Turismo de Portugal vão realizar 341 horas de formação distribuídas por 28 ações e sete bootcamps, em áreas como liderança, gestão, marketing e literacia digital, serviço de excelência, eficiência hídrica e idiomas.

A 2.ª fase do programa de formação “Competências do Futuro Algarve”, que surge na sequência do sucesso da 1.ª fase, que contou com mais de 900 inscrições e 33 ações de formação e bootcamps realizados, destina-se a empresas e operadores turísticos da região e pretende reforçar a capacitação em áreas estratégicas para o turismo, com vista à sustentabilidade e inovação da atividade na região.

O programa, lançado pelo Turismo do Algarve e pelo Turismo de Portugal, prevê um total de 550 horas de formação e 1.800 participantes até março de 2025. A iniciativa tem como objetivo preparar os profissionais para enfrentar os desafios do futuro, com especial foco em áreas como liderança, inovação, sustentabilidade e eficiência na gestão de recursos.

Para André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, a 2.ª fase do programa “Competências do Futuro Algarve” “reflete o nosso compromisso contínuo em proporcionar formação de qualidade aos profissionais do setor. Com esta iniciativa, queremos garantir que o Algarve não só mantém como eleva os padrões de serviço, desenvolvendo as competências dos seus profissionais e preparando as empresas para um futuro mais sustentável e inovador”.

Do lado do Turismo de Portugal (TdP), Carlos Abade, presidente do Instituto Público, reforça a importância estratégica da iniciativa e sublinha que o turismo “é uma atividade de pessoas para pessoas, com o adicional de o acolhimento ser crucial para a experiência turística e para o sucesso da atividade”.

“Ora isso tem uma consequência obrigatória, que é a necessidade de tornar a formação dos profissionais do setor uma prioridade absoluta. É isso que todos os dias fazemos no Turismo de Portugal, através de uma rede de escolas de turismo e através de inúmeras ações e programas de capacitação como este, que são absolutamente fundamentais”, conclui o presidente do TdP.

Os interessados já podem inscrever-se em nove ações de formação e três bootcamps desta nova fase e obter mais informação.

As 28 ações de formação totalizarão 313 horas, enquanto os sete bootcamps presenciais, terão 28 horas de formação intensiva. O formato será híbrido, com ações de formação online e bootcamps presenciais nas Escolas de Hotelaria e Turismo de Faro, Portimão e Vila Real de Santo António.

As ações de formação online terão foco no Instagram (plano de conteúdos), Brand storytelling (comunicação de marca), Economia circular aplicada à restauração, Marketing digital (bens e serviços), Liderança, gestão e motivação de equipas, Estratégia digital (aplicada ao turismo), Tendências na hospitalidade (em tempos de mudança), e Trabalho em equipa (desafios e boas práticas).

Já os bootcamps presenciais terão com temas a Cultura organizacional do turismo (atração e retenção de talentos – EHT VRSA), Liderança em equipas multiculturais e multigeracionais (EHT Portimão), e Design de experiências turísticas (guest experience – EHT Algarve).

Actualidade

Algarve reduz em 13% consumo de água com selo “Save Water”

A introdução do selo de eficiência hídrica “Save Water” começa a dar os primeiros frutos, com os dados anunciados pela ADENE a indicarem uma redução de 13% no consumo global e de 16% no consumo específico de água no Algarve.

O terceiro relatório de monitorização do Compromisso com a Eficiência Hídrica, para o setor do turismo, elaborado pela ADENE, indica que os empreendimentos turísticos da região do Algarve que aderiram ao selo “Save Water” de eficiência hídrica reduziram em 13% os consumos de água nos primeiros meses do ano.

A evolução registada indica que, entre 18 de março e 30 de setembro de 2024, houve uma redução de 13% no consumo global e de 16% no consumo específico, resultados positivos que contribuem para mitigar o problema de escassez hídrica no Algarve e revelam uma poupança financeira direta para os empreendimentos turísticos algarvios.

De assinalar que os registos dos meses de agosto e setembro traduziram-se numa ligeira diminuição da tendência de melhoria do desempenho (menos 1% que a redução registada a 31 de julho), mantendo-se, ainda assim, o alinhamento com o objetivo de redução global de consumo de 13%.

No mesmo relatório, elaborado pela ADENE, constata-se que aderiram à plataforma 93 empreendimentos turísticos (ET), de um total de 650 ET (14%) que representam aproximadamente 30% das camas disponíveis na região, constituindo os aderentes maioritariamente hotéis.

Até agora, os empreendimentos turísticos selecionaram perto de 2500 medidas, cerca de metade das quais estruturantes, sendo as intervenções ao nível dos dispositivos e nos sistemas de rega as mais selecionadas, seguidas de melhorias no sistema de gestão e manutenção e nos equipamentos. Das medidas adotadas, cerca de metade já foram implementadas.

De acordo com uma análise preliminar das poupanças financeiras associadas à poupança de água, os consumos registados entre janeiro e setembro de 2024 já conduziram a uma economia média de 3.400 euros por empreendimento, o que se traduz num potencial de poupança anual superior a sete mil euros/ano, considerando que algumas medidas ainda se encontram em implementação e que não estão a ser contabilizados os custos com energia associados ao consumo de água.

Estes resultados constam do terceiro relatório de monitorização emitido pela ADENE – Agência para a Energia, no âmbito do Compromisso com a Eficiência Hídrica, que inclui o selo de eficiência hídrica “Save Water”.

O selo de eficiência hídrica aplicável aos hotéis e demais empreendimentos turísticos é uma medida coordenada pela Região de Turismo do Algarve, em articulação com o Turismo de Portugal, tendo a ADENE, a responsabilidade de assegurar a monitorização dos consumos reportados pelos aderentes na Plataforma Compromisso com a Eficiência Hídrica, bem como alcançado na aplicação das medidas.

Açores
AL

Alojamento Local dos Açores pede reforço do investimento no combate à sazonalidade

O presidente da ALA – Associação do Alojamento Local dos Açores, João Pinheiro, defende que é “necessário um maior investimento e planeamento antecipado” para que todas as ilhas do arquipélago possam beneficiar da distribuição de fluxos turísticos.

A ALA – Associação do Alojamento Local dos Açores veio quarta-feira, 16 de outubro, apelar ao reforço do investimento nas medidas de mitigação da sazonalidade no turismo da região, defendendo a necessidade de um planeamento antecipado, avança a Lusa.

“Torna-se urgente assegurar um fluxo turístico contínuo ao longo de todo o ano, sendo, no entanto, necessário um maior investimento e planeamento antecipado, para que todas as ilhas possam beneficiar de forma justa e equilibrada, através de uma distribuição de fluxos turísticos mais cuidada”, afirma João Pinheiro, presidente da associação, citado num comunicado divulgado pela Lusa.

João Pinheiro considera que as medidas apresentadas na semana passada por Berta Cabral, secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dos Açores, são “um passo positivo na criação de estabilidade no setor”, ainda que tenha dúvidas de que estas sejam suficientes.

A Lusa lembra que, na semana passada, Berta Cabral anunciou que a promoção turística dos Açores para a época baixa 2024/2025 representa um investimento de 2,5 milhões de euros, estando previsto um aumento de 7.826 lugares nas ligações ara o arquipélago.

“A ALA alerta que estas medidas podem ter chegado tarde, para algumas empresas, acrescentando ainda que o valor disponibilizado pelas medidas é insuficiente para combater eficazmente os reais desafios da sazonalidade”, aponta João Pinheiro.

O presidente da ALA defende também que o crescimento de 14,9% nas dormidas em alojamento local nos primeiros oito meses do ano, representando cerca de 1,28 milhões de dormidas, representa “uma recuperação sustentável e uma procura crescente pelo destino Açores”.

“Este marco reflete a solidez e o desenvolvimento contínuo do setor, impulsionado pelos turistas oriundos do estrangeiro, que contribuíram com 997,6 mil dormidas (um aumento de 16,4% face a 2023), enquanto os turistas nacionais geraram 287 mil dormidas (um crescimento de 9,8%)”, frisa o responsável.

Estes dados, considera João Pinheiro, “vêm reforçar ainda mais a importância do setor do AL para o turismo nos Açores, uma vez que a capacidade da hotelaria tradicional nunca conseguiria assegurar, por si só, o número total de hóspedes e dormidas que se registaram nos Açores, até ao final de agosto”.

“Esta importância, assumida pelo AL, reflete-se também na alavancagem da economia dos Açores, de forma direta (rendimentos de cada AL) e também de forma indireta, com todo o tipo de serviços a que os hóspedes dos AL recorrem (transporte, restauração, animação turística, etc.)”, sublinha.

O presidente da ALA alerta, no entanto, para a necessidade de reforço de fiscalização, lembrando que os dados do SREA indicam que 12% dos estabelecimentos de alojamento local dos Açores “não reportaram qualquer movimento de hóspedes” no mês de agosto.

Segundo João Pinheiro, estes números podem indicar que estes estabelecimentos – 489 unidades e 2.773 camas – “deixaram de estar no mercado”.

“A ALA apela à implementação de medidas de fiscalização adequadas, pelas entidades competentes, de forma a garantir que os números do setor refletem, de facto, a realidade exata do AL nos Açores, não dando a ideia errada de que há estabelecimentos abertos e camas disponíveis, que não receberam um único hóspede”, reforça ainda o responsável.

O presidente da ALA destaca ainda a subida de 4,9% da estada média, que atingiu as 3,8 noites em agosto, e o crescimento de 3,7% no número de hóspedes, para um total de 77 mil, no mesmo mês.

São Miguel, a maior ilha do arquipélago, continua a ser a que apresenta um maior número de dormidas em alojamento local, tendo registado 180,4 mil em agosto (61,6% do total).

No entanto, a ALA realça o “crescimento muito significativo” que se está também a observar noutras ilhas, como Flores (35,4%), Terceira (20,1%) e Pico (11,3%), alegando que comprova “um crescimento mais equilibrado entre as diferentes ilhas do arquipélago”.

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