Alojamento turístico continua a crescer em julho, mas não à custa dos residentes
No sétimo mês de 2024, os números do alojamento turístico, em Portugal, continuam no “verde”, registando 3,2 milhões de hóspedes (+1,5%) e 9 milhões de dormidas (+2,1%). Contudo, as dormidas de residentes inverteram a trajetória de crescimento e nos não residentes nota-se um abrandamento. No acumulado dos primeiros sete meses do ano, Portugal apresenta 16,7 milhões de hóspedes (+4,9%) e 44,5 milhões de dormidas (+4,1%).
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O setor do alojamento turístico, em Portugal, registou 3,2 milhões de hóspedes e 9 milhões de dormidas em julho de 2024, correspondendo a variações crescimentos de 1,5% e 2,1%, respetivamente, face a igual mês de 2023, depois de, em junho deste ano, ter evoluído 6,8% e 5%, pela mesma ordem, avançam os dados divulgados pelo Instituo Nacional de Estatística (INE).
Analisando os números verifica-se que as dormidas de residentes inverteram a trajetória de crescimento dos últimos dois meses e decresceram 2,4%, correspondendo a 2,7 milhões, depois de, em junho, terem registado um aumento de 3,4%.
Já as dormidas de não residentes, apesar de terem crescido 4,2% face a julho de 2023, totalizando 6,3 milhões, verifica-se um abrandamento na curva ascendente, depois de no mês anterior a evolução ter sido de 5,6%.
Segundo a informação disponibilizada pelo INE, os 10 principais mercados emissores, em julho, representaram 75,3% do total de dormidas de não residentes neste mês, com o mercado britânico (18,3% do total das dormidas de não residentes em julho) a manter-se com o maior peso e a registar um aumento de 1,3% face ao mês homólogo para 1,150 milhões.
As dormidas do mercado espanhol, o segundo principal mercado emissor em julho (12% do total), cresceram 6,1% para 751 mil, seguindo-se o mercado alemão, na 3.ª posição (quota de 9%), com um aumento 3,1% para 564 mil. Os Estados Unidos da América (EUA) assumiram-se neste mês como o 4.º principal mercado (peso de 8,5%), com um aumento de 4,7% para 535 mil, depois de no mês de junho terem ocupado a terceira posição. O mercado francês (quota de 7,4%) foi o único a registar um decréscimo (-4,0%) entre os 10 principais mercados neste mês, ocupando a 5.ª posição com perto de 464 mil.
No grupo dos 10 principais mercados emissores em julho, os mercados que mais cresceram foram os Países Baixos (+12,5%, para 295 mil), a Bélgica (+8,3%, para 173 mil) e a Itália (+8,1%, para 216 mil).
Destaque ainda para as dormidas do mercado brasileiro (peso de 3,9%), que registaram o primeiro acréscimo no ano, ainda que modesto (+0,8%), totalizando 245 mil.
2024 continua no verde
No acumulado do ano – janeiro a julho de 2024 – os números do INE indicam um total de 16,7 milhões de hóspedes, correspondendo a uma subida de 4,9% face a igual período de 2023, enquanto as dormidas registaram uma subida de 4,1% face a igual período do ano passado, totalizando 44,5 milhões.
Nesta análise, tanto em hóspedes como em dormidas, residentes e não residentes apresentam números positivos. No primeiro caso (residentes), os dados mostram um total de 6,7 milhões de hóspedes, correspondendo a uma subida de 1,8% face aos 6,6 milhões dos primeiros sete meses de 2023. Já nas dormidas, a subida é mais ligeira e é de 0,6%, o que faz estas passarem de 12,7 milhões (jan.-jul. 2023) para 12,8 milhões (jan.-jul.2024).
No que diz respeito aos não residentes, os números avançados pelo INE são mais “simpáticos”. Assim, nos hóspedes, o crescimento nos primeiros sete meses de 2024 foi de 6,9% face ao mesmo período de 2023, totalizando 10,8 milhões (no mesmo período do ano passado foi de 10,1 milhões). Nas dormidas, a variação dos residentes no estrangeiro foi positiva em 5,5% face a período homólogo de 2023, totalizando 31,7 milhões nos primeiros sete meses de 2024.
Regiões no verde nas dormidas, exceto uma
Na análise regional, os dados do INE mostram que, em julho, todas as regiões registaram crescimentos nas dormidas, com exceção do Oeste e Vale do Tejo (-0,4%).
Os aumentos mais expressivos observaram-se nos Açores (+5,3%, para 123 mil), no Norte (+4,9%, para 727 mil) e na Península de Setúbal (+4,5%, para 77 mil), sendo mais modestos na Madeira (+0,3%, para 190 mil), no Algarve (+0,7%, para 651 mil) e no Centro (+0,8%281 mil).
As dormidas de residentes aumentaram apenas na Grande Lisboa (+2,7%, para 174 mil) e na Península de Setúbal (+1,8%, para 43 mil), tendo decrescido nas restantes regiões, destacando-se a Madeira (-8,1%, para 38 mil) com o maior decréscimo, seguida do Oeste e Vale do Tejo (-5,8%, para 96 mil) e do Algarve (-4,2%, para 197 mil).
As dormidas de não residentes cresceram em todas as regiões, de forma mais expressiva no Norte (+9,6%, para 431 mil), nos Açores (+7,6%, para 90 mil) e na Península de Setúbal (+7,1%, para 35 mil).
A crescer, no mês de julho, está, segundo o INE, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,81 noites), tendo aumentado 0,6% face a julho de 2023 (-1,7% em junho). Este indicador apenas registou decréscimos na Península de Setúbal (-1,3%) e no Centro (-0,8%), tendo–se verificado os maiores crescimentos no Oeste e Vale do Tejo (+3,2%) e no Algarve (+2,3%).
Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na Madeira (4,88 noites) e no Algarve (4,34 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,92 noites), no Oeste e Vale do Tejo (2,04 noites) e no Norte (2,06 noites).
Contudo, os números mostram, igualmente, a estada média dos não residentes decresceu 0,4% para 3,10 noites, enquanto a dos residentes aumentou 1,1% para 2,31 noites.
A estada média dos não residentes foi mais longa do que a dos residentes em todas as regiões, tendo a Madeira continuado a registar as estadas médias mais prolongadas, quer dos residentes (3,75 noites) quer dos não residentes (5,16 noites). Para além da Madeira, as estadas médias observadas no Algarve (3,98 noites dos residentes e 4,49 noites dos não residentes) e nos Açores (2,77 noites e 3,36 noites, pela mesma ordem) também ficaram acima das estadas médias nacionais.
Finalmente, a taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (59,1%) diminuiu em julho (-0,4 p.p., após +0,9 p.p. em junho). O mesmo sucedeu com a taxa líquida de ocupação-quarto (66,5%), que registou uma diminuição idêntica, -0,4 p.p. (+1,0 p.p. em junho).
Em julho, as taxas de ocupação-cama aumentaram na Península de Setúbal (+2,6 p.p.), no Algarve (+0,8 p.p.) e na Grande Lisboa (+0,1 p.p.). Nas restantes regiões registaram-se decréscimos, sendo de maior magnitude no Alentejo e no Centro (-1,6 p.p. em ambos), seguindo-se o Oeste e Vale do Tejo (-1,5 p.p.). As taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na Madeira (72,3%), seguida do Algarve (68,5%) e dos Açores (65,2%), enquanto as mais baixas ocorreram no Centro (38,6%), no Oeste e Vale do Tejo (42,6%) e no Alentejo (44,4%).