Sector hoteleiro tem novo parceiro
Liderada por Francisco Nogueira de Sousa (à esquerda) e com Filipe Santiago também na equipa, a BlueShift apresenta-se como um “agente de mudança do sector hoteleiro”.
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Criada em 2012, a empresa BlueShift resolveu apresentar-se ao mercado, mas já com provas dadas na área em que trabalha: um portfólio composto por oito unidades hoteleiras geridas, num total de 650 quartos. Para 2017, o objectivo da empresa passa por atingir a gestão de 15 unidades hoteleiras nas mais diversas tipologias.
Francisco Nogueira de Sousa é a cara da BlueShift. O CEO e fundador da empresa conta na sua experiência profissional com 15 anos em funções dentro da Starwood, tendo sido também director-geral dos Hotéis Real, entre outras experiências noutras unidades hoteleiras. No início da crise, o responsável encarou a mesma como uma oportunidade e resolveu criar a BlueShift, que se apresenta como um “agente de mudança no sector hoteleiro”. Receitas, custos, satisfação do colaborador e do cliente são os quatro itens que servem de base à operação da empresa.
A primeira experiência da BlueShift foi no resort do Campo Real, depois deste ter entrado num processo de insolvência. 45 dias depois de ter iniciado o projecto de gestão, a BlueShift abriu as portas da unidade hoteleira e conseguiu posicionar a sua performance com resultados elevados. Ao fim de seis meses, a empresa terminou o seu trabalho na unidade e colocou-a novamente em bom ritmo no mercado.
À BlueShift juntou-se recentemente Filipe Santiago, anterior administrador dos Tivoli Hotels & Resorts, como partner e ‘head of development and consulting’ da empresa. Este explica que o propósito da BlueShift é ser “um facilitador daquilo que é a evolução qualitativa do sector”, proporcionando “uma ligação maior entre o mundo de gestão e o mundo da hotelaria”.
Ou seja, a BlueShift disponibiliza serviços de consultoria e de ‘hotel management’, uma solução 360º para investidores e operadores do sector. Os serviços da empresa vão desde a consultoria à gestão integrada ou de áreas específicas de um hotel, mas também de ‘asset management’ para investidores não hoteleiros.
Na prática, a BlueShift é uma organização composta por “achievement centers”, que são geridos por especialistas em cada área de negócio, seja de ‘Rooms Operations’, F&B Operations, ‘Revenue Management’, ‘Sales Management’ ou ‘Finance and Control’.
Ou seja, para as situações em que um hotel está sob gestão integrada da BlueShift é destacado um director pela empresa que vai gerir de forma autónoma a unidade, liderando a equipa do cliente, com o apoio dos ‘achievement centers’ sempre que for necessário. Neste caso, Francisco Nogueira de Sousa salienta a importância da autonomia: “Quanto mais autonomia tivermos num projecto, mais rápido é [atingir resultados].” Além de que, a entrada da BlueShift na gestão de uma unidade “só é feita mediante um conjunto de condições que não são só financeiras”, refere o responsável, justificando que o ‘fee’ de base que um proprietário ou operador paga à empresa é baixo e dependerá apenas dos resultados que a Blueshift conseguir atingir com o seu trabalho.
Existem também situações em que a empresa apenas intervêm numa área específica, seja gestão comercial, de marketing ou ‘revenue management’.
Nos casos de consultoria, é destacado um ‘project manager’ e definida uma equipa, com consultores e responsáveis dos ‘achievement centers’ relevantes. Os responsáveis explicam que os próprios serviços podem variar desde estudos de mercado, desenvolvimento de conceito e análise de viabilidade económica de uma nova unidade à optimização operacional de uma determinada área de um hotel.
O trabalho da BlueShift passa pela melhoria de eficiência das unidades hoteleiras, mas sobretudo pela “capacidade de potenciar receitas” nestas, obtendo assim resultados evidentes na performance de cada unidade.
Francisco Nogueira de Sousa considera que no mercado não existe nenhuma empresa que apresente os mesmos serviços que a BlueShift, que já conta com 20 elementos na equipa: “Não há ninguém no mercado com esta estrutura. Estamos a criar um espaço”.