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Airbnb gera impacto económico de 1,07 mil milhões de euros em Portugal

Pela primeira vez, a Airbnb calculou o impacto económico em todo o território português.

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Airbnb gera impacto económico de 1,07 mil milhões de euros em Portugal

Pela primeira vez, a Airbnb calculou o impacto económico em todo o território português.

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A comunidade Airbnb gerou um impacto de 1,07 mil milhões de euros no país, em 2016, segundo um estudo lançado esta terça-feira, dia 2 de Maio, pela plataforma. Esta é a primeira vez que a Airbnb calcula o impacto económico em todo o território português.

Os anfitriões portugueses receberam 166 milhões de euros, no ano passado, com a partilha nas suas casas e receberam 1,6 milhões de hóspedes. Segundo o mesmo relatório, na Airbnb os anfitriões ficam com 97% do dinheiro quando anunciam o seu espaço. A actividade económica inclui todo o dinheiro que os hóspedes Airbnb gastam durante a sua estadia, bem como o dinheiro que os anfitriões, com anúncios na plataforma, ganham nessa actividade. Por exemplo, se um anfitrião ganha 100 euros nessa actividade e um hóspede gasta 350 euros durante a sua estadia, a actividade económica é de 450 euros. Os gastos diários dos hóspedes são calculados com base em respostas a um inquérito.

Em Lisboa, os anfitriões obtiveram 72 milhões de euros, no ano passado, enquanto os 718 mil hóspedes que chegaram à cidade gastaram 404 milhões, colocando o impacto económico de anfitriões e hóspedes num total de 476 milhões, um crescimento de 78% face ao ano anterior.

Relativamente à colecta da taxa turística de um euro, por pernoita, na capital portuguesa, desde maio de 2016 até ao final do ano, a plataforma entregou 1,74 milhões de Euros à autarquia. No primeiro trimestre de 2017 (Janeiro-Março), a Airbnb recebeu e remeteu ao município de Lisboa mais de 1,1 milhões de euros de taxa turística.

Por outro lado, o número de portugueses a utilizar a plataforma, quando viajam, passou de 133.300, em 2015, para um total de 264 mil, em 2016. Lisboa é a cidade portuguesa com mais utilizadores portugueses a reservar alojamento através da Airbnb, com 77 mil pessoas.

Arnaldo Muñoz, director-geral da Airbnb para Portugal e Espanha, comentou: “Esta robusta actividade económica é uma boa notícia para Lisboa e para Portugal, em geral. Demonstra como a Airbnb apoia a classe média e como a actividade económica resultante dos gastos dos hóspedes ajuda a melhorar a economia e as comunidades locais.”

Créditos: Depositphotos.com

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Agosto coloca atividade turística novamente em máximos históricos

Em agosto de 2024, o setor do alojamento turístico registou 3,8 milhões de hóspedes e 10,5 milhões de dormidas, gerando 948,1 milhões de euros de proveitos totais e 765,5 milhões de euros de proveitos de aposento.

Victor Jorge

Em agosto de 2024, o setor do alojamento turístico registou 3,8 milhões de hóspedes (+5,9%) e 10,5 milhões de dormidas (+3,8%), correspondendo, segundo dados avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a subidas de 5,9% e 3,8%, respetivamente.

Isto faz com que os proveitos totais gerados, em agosto deste ano, ultrapassem os 948 milhões de euros, representando um aumento de 7,8% face a igual mês de 2023, e 765,5 milhões de euros de proveitos de aposentos, correspondendo a uma subida de 7,7% relativamente ao mês homólogo do ano passado.

Porto e Norte lidera nos hóspedes e Algarve nas dormidas

Dos quase 3,8 milhões de hóspedes, 1,488 milhões foram residentes em Portugal (+6,8%) e 2,270 milhões não residentes (+5,3%).

A liderar no número total de hóspedes aparece a região do Porto e Norte que, no mês de agosto, somou 889,5 mil, correspondendo a uma subida de 7,1% face a igual mês de 2023. Em segundo lugar, analisando o oitavo mês do ano, aparece a região de Lisboa, com 842,5 mil hóspedes (+7,9%), seguindo-se o Algarve com 747 mil (+3,7%), Centro com 390 mil (+7%), Oeste e Vale do Tejo com 243 mil (+0,9%), Alentejo com 221 mil (+4,7%), Madeira com 202 mil (+3,8%), Açores com 138 mil (+8,7%), e, finalmente, a Península de Setúbal com 85 mil (+7,8%).

Relativamente aos hóspedes não residentes, a liderança pertence a Lisboa que concentrou perto de 674 mil, seguindo-se o Porto e Norte com 518 mil e o Algarve com 478 mil.

Já na quantificação de hóspedes residentes, é a região do Porto e Norte que lidera, com perto de 372 mil, seguindo-se o Algarve com 269 mil, o Centro com 258 mil, Lisboa com 169 mil, Alentejo com 159 mil, sendo a última região acima dos 100 mil hóspedes, a região do Oeste e Vale do Tejo (136 mil).

Dos 2,270 milhões de hóspedes não residentes que Portugal recebeu no oitavo mês de 2024, Espanha continua a liderar com mais de 424 mil turistas, seguindo-se França (264 mil), Reino Unido (263 mil), EUA (210 mil), Alemanha (169 mil) e Itália (160 mil).

Nas dormidas registas em agosto de 2024, a liderança pertence ao Algarve com mais de 3,2 milhões (+1,1%), seguindo-se Lisboa com 2 milhões (+5%), Porto e Norte com 1,86 milhões (+7,1%), Madeira com 979 mil (-0,3%), Centro com 775 mil (+5,9%), Alentejo com 527 mil (+7,1%), Oeste e Vale do Tejo com 498 mil (+1,6%), Açores com 439 mil (+7,5%), e Península de Setúbal com 214 mil (+8,1%).

Na análise das dormidas realizadas por residentes, é o Algarve que lidera com mais de 1,1 milhões de dormidas, seguindo-se o Porto e Norte com mais de 690 mil e Lisboa com perto de 506 mil.

Já nas dormidas de não residentes, também é o Algarve que surge na liderança com quase 2,1 milhões de dormidas, seguido de Lisboa com 1,7 milhões, Porto e Norte com quase 1,2 milhões.

No capítulo das dormidas de não residentes, é o Reino Unido que aparece na frente com 1,18 milhões, seguindo-se Espanha com 1,1 milhões, destacando-se ainda a França com 776 mil, Alemanha com 631 mil e EUA muito perto das 500 mil.

Por município, Lisboa concentrou 15% do total de dormidas (5,4% do total de dormidas de residentes e 20% de não residentes), registando um acréscimo de 5,2% (+4,5% nos residentes e +5,3% nos não residentes). Entre os municípios com maior número de dormidas em agosto, o Porto (6,7% do total de dormidas) e Ponta Delgada (1,9% do total) destacaram-se com os maiores crescimentos (+6,9% e +6,5%, respetivamente).

Albufeira foi o segundo município em que se registaram mais dormidas (1,2 milhões de dormidas, peso de 11,4%) e registou um decréscimo de 0,3% (+0,2% em julho). As dormidas de residentes aumentaram 9,6% e as dos não residentes diminuíram 4,5%. Este município concentrou 10,8% do total de dormidas de residentes e 11,8% do total de dormidas de não residentes em agosto.

No Porto, as dormidas totalizaram 702,4 mil (6,7% do total), tendo-se observado um crescimento de 6,9% (+8,4% em julho), com o contributo das dormidas dos residentes (+11,8%) e dos não residentes (+6,3%).

O Funchal (623,1 mil dormidas, peso de 5,9%) apresentou um crescimento de 0,5% (+1,3% em julho), para o qual contribuíram as dormidas de não residentes (+4,7%), tendo em conta que as dormidas de residentes diminuíram 21,8%.

Para além de Lisboa e do Porto, o município de Cascais (1,9% do total) também apresentou crescimentos, quer das dormidas de residentes (+9,2%) quer das de não residentes (+3,1%), o que se traduziu num crescimento de 4,1% em agosto.

O município de Lagoa (2,6% do total) registou um decréscimo de 3% e foi, entre os principais, o único a registar diminuição, quer das dormidas de residentes (-0,1%) quer das de não residentes (-4,0%).

Em todos os 10 municípios com maior número de dormidas em agosto, as dormidas de não residentes superaram as dos residentes.

Todos a ganhar
Os valores de proveitos alcançaram máximos históricos mensais em agosto, tendo os proveitos totais interrompido a trajetória de abrandamento com um aumento de 7,8% (+7,5% em julho), atingindo 948,1 milhões de euros. Os proveitos de aposento aumentaram 7,7% (+8,1% em julho), ascendendo a 765,5 milhões de euros.

O Algarve foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (36,6% dos proveitos totais e 36,4% dos proveitos de aposento), seguido da Grande Lisboa (20,2% e 20,9%, respetivamente) e do Norte (14,4% e 14,5%, pela mesma ordem).

Todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem nos Açores (+23,4% nos proveitos totais e +24,7% nos de aposento) e no Alentejo (+12,6% e +13,3%, respetivamente).

De resto, o crescimento dos proveitos foi transversal aos três segmentos de alojamento no mês de agosto. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 84,7% e 83,1% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram 7,0% e 6,8%, pela mesma ordem.

Nos estabelecimentos de alojamento local, registaram-se aumentos de 11,7% nos proveitos totais e 11,8% nos proveitos de aposento (quotas de 10,1% e 11,5%, respetivamente).

No turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 5,2% nos proveitos totais e de 5,4% nos relativos a aposento), os aumentos foram de 14,1% e 13,8%, respetivamente.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 113,8 euros em agosto, registando um aumento de 5,0% (+5,2% em julho).

O valor de RevPAR mais elevado foi registado no Algarve (168,3 euros), seguindo-se a RA Açores (124,6 euros) e a Grande Lisboa (122,2 euros). Os maiores crescimentos ocorreram nas RA Açores (+17,3%) e no Alentejo (+10,1%). O Oeste e Vale do Tejo e a Grande Lisboa foram as únicas regiões onde se registaram diminuições neste indicador (-1,4% e -0,4%, respetivamente).

Em agosto, este indicador cresceu 5,2% na hotelaria (+6,1% em julho). No alojamento local e no turismo no espaço rural e de habitação, registaram-se crescimentos de, respetivamente, 4,8% e 9,3% (+2,9% e +4,8%, em julho, pela mesma ordem).

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 153,3 euros (+4,1%, após +5,6% em julho).

O Algarve destacou-se com o valor mais elevado de ADR (205,7 euros), seguido do Alentejo (162,5 euros). Os crescimentos mais expressivos ocorreram nas Regiões Autónomas dos Açores (+14,2%) e da Madeira (+11,8%). Em sentido contrário, o Oeste e Vale do Tejo e a Grande Lisboa registaram os únicos decréscimos neste indicador (-1,6% e -1,4%, respetivamente).

Todas as regiões, com exceção do Oeste e Vale do Tejo e da Grande Lisboa, registaram máximos históricos de RevPAR e de ADR em agosto.

Em agosto, o ADR cresceu em todos os segmentos, +4,1% na hotelaria (+5,4% em julho), +3,8% no alojamento local (+6,1% em julho) e +7,7% no turismo no espaço rural e de habitação (+8,8% em julho).

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Agosto histórico impulsiona turismo para mais de 21 milhões de hóspedes e 55 milhões de dormidas nos primeiros oito meses de 2024

Depois de um ligeiro abrandamento registado no mês de julho, agosto volta a colocar o setor do turismo em alta, com os dados do INE a mostrarem um oitavo mês histórico. No acumulado dos oito meses, Portugal já regista mais de 21 milhões de hóspedes e ultrapassou a fasquia dos 55 milhões de dormidas.

Victor Jorge

O setor do alojamento turístico registou 3,8 milhões de hóspedes e 10,5 milhões de dormidas em agosto de 2024, correspondendo a subidas de 5,9% e 3,8% face a igual mês de 2023, respetivamente, depois de, em julho, se ter registado crescimento de 1,7% e 2,6%, pela mesma ordem, avançam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados no último dia de setembro.

Depois de terem registado um decréscimo em julho, as dormidas de residentes aumentaram 4,6% (-2,2% em julho), crescimento superior ao registado pelos não residentes, que subiu 3,4% (+4,9% em julho), mas que revela um abrandamento pelo 3.º mês consecutivo. Assim, as dormidas de residentes totalizaram 3,6 milhões (contra as 2,7 milhões de julho) e as de não residentes totalizaram 6,9 milhões (6,3 milhões do sétimo mês de 2024).

10 principais mercados valem mais de 80%
No que diz respeito aos 10 principais mercados emissores, em agosto, estes representaram 80,2% do total de dormidas de não residentes neste mês, com o mercado britânico (17,1% do total das dormidas de não residentes) a manter-se com o maior peso e a registar um aumento de 1,3% face ao mês homólogo para 1,178 milhões.

As dormidas do mercado espanhol, o segundo principal mercado emissor em agosto (16,3% do total), cresceram 4,6% para 1,123 milhões, seguindo-se o mercado francês, na 3.ª posição (quota de 11,3%), que decresceu 2,9% para 776 mil. A Alemanha assumiu-se neste mês como o 4.º principal mercado (peso de 9,2%), com um aumento de 4,8% para 631 mil.

No grupo dos 10 principais mercados emissores em agosto, face a igual mês de 2023, os mercados que mais cresceram foram o canadiano (+11,2%), para 165 mil, e o norte americano (+8,4%), para 495 mil. Contudo, ambos estes mercados registam um decréscimo face ao mês anterior de julho e junho de 2024.

Destaque ainda para os decréscimos registados pelos mercados brasileiro (-5,9%), que totalizou 187 mil dormidas, e italiano (-0,8%), cujas dormidas ascenderam a 374 mil.

Madeira é a única que não cresce em agosto
Relativamente às dormidas em agosto, todas as regiões registaram crescimentos nas dormidas, com exceção da Madeira (-0,3%). Os maiores aumentos observaram-se na Península de Setúbal (+8,1%) e nos Açores (+7,5%), sendo mais modestos no Algarve (+1,1%) e no Oeste e Vale do Tejo (+1,6%).

As dormidas de residentes aumentaram em todas as regiões, exceto nas Regiões Autónomas da Madeira (-14,9%) e dos Açores (-1,5%), enquanto os aumentos mais expressivos foram registados na Península de Setúbal (+10,7%) e no Alentejo (+10,3%).

As dormidas de não residentes registaram os crescimentos mais expressivos nos Açores (+10,5%) e no Norte (+9,2%). Em sentido contrário, registaram-se decréscimos no Oeste e Vale do Tejo (-3,1%), no Alentejo (-0,5%) e no Algarve (-0,2%).

Quanto à estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,80 noites), em agosto, os números do INE indicam uma diminuição de 2% (+0,9% em julho). Este indicador apenas registou aumentos no Alentejo (+2,3%), no Oeste e Vale do Tejo (+0,7%) e na Península de Setúbal (+0,3%), tendo-se verificado os maiores decréscimos na Madeira (-3,9%), na Grande Lisboa (-2,7%) e no Algarve (-2,5%).

Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na Madeira (4,85 noites) e no Algarve (4,31 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,99 noites), no Oeste e Vale do Tejo (2,05 noites) e no Norte (2,09 noites).

Neste domínio, a estada média dos residentes (2,45 noites) diminuiu 2,1% e a dos não residentes (3,03 noites) decresceu 1,8%, em agosto.

A estada média dos não residentes foi mais longa do que a dos residentes em todas as regiões, com exceção do Alentejo. A Madeira registou as estadas médias mais prolongadas por parte dos não residentes (5,14 noites), enquanto o Algarve registou as estadias mais longas por parte dos residentes (4,21 noites).

Finalmente, a taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (67,9%) aumentou em agosto (+0,6 p.p., após -0,2 p.p. em julho). O mesmo sucedeu com a taxa líquida de ocupação-quarto (74,3%), que registou um aumento idêntico, +0,6 p.p. (-0,2 p.p. em julho).

Assim, as taxas de ocupação-cama diminuíram no Oeste e Vale do Tejo (-0,7 p.p.) e nos Açores (-0,6 p.p.). Os crescimentos de maior magnitude registaram-se na Península de Setúbal (+2,8 p.p.) e no Alentejo (+2,2 p.p.).

As taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se no Algarve (76,0%), seguido da Madeira (75,6%) e da Península de Setúbal (72,1%), enquanto as mais baixas ocorreram no Centro (54,5%), no Oeste e Vale do Tejo (55,5%) e no Alentejo (59,1%).

Oito meses históricos
De acordo com os dados do INE, Portugal registou, no acumulado do ano 2024 – janeiro a agosto – um total 21,3 milhões de hóspedes, correspondendo a uma subida de 5,1% face a igual período de 2023.

Destes, 8,2 milhões de hóspedes foram residentes em Portugal, o que compara com os 8 milhões de igual período de 2023, o que perfaz uma subida de 2,6%. Já a subida dos não residentes foi maior (+6,7%), perfazendo um total de 13,1 milhões de hóspedes contra os 12,3 milhões de período homólogo de 2023.

Neste capítulo, os dados do INE mostram subidas em todas as regiões nos primeiros oito meses de 2024. As maiores subidas foram registadas no Península de Setúbal (+7,4% para 516 mil), Açores (+7,3% para 697 mil), Oeste e Vale do Tejo (+7,2% para 1,3 milhões), Norte (+6,9% para 4,9 milhões), Centro (5,9% para 2 milhões) e Grande Lisboa e Alentejo, ambas com +5,3% (5,7 milhões e 1,1 milhões, respetivamente). Com subidas menores aparecem Algarve (+2,4% para 3,7 milhões) e Madeira (+0,9% para 1,4 milhões).

No que diz respeito às dormidas, no acumulado dos oito meses de 2024, estas registaram uma subida total de 4,1% face a igual período de 2023, ultrapassando as 55,1 milhões.

Deste total de dormidas nos oito meses de 2024, mais de 38,6 milhões foram de não residentes, correspondendo a uma subida de 5,2% face aos mesmos meses do ano anterior. Também aqui a subida dos residentes foi mais modesta, ficando pelo 1,5%, o que faz com que as dormidas dos portugueses totalizassem quase 16,5 milhões.

Também neste campo, todas as regiões de Portugal registaram uma subida nas dormidas. A maior foi registada nos Açores (+8,5% para 2,1 milhões), seguindo-se o Oeste e Vale do Tejo (+6,9% para 2,4 milhões), Península de Setúbal (+6,3% para 1,1 milhões), Norte (+6,2% para 9,5 milhões) e Alentejo (+2,3 milhões). Com subidas, mas mais modestas aparecem o Centro (+4,7% para 3,5 milhões), Grande Lisboa (+4,2% para 13,1 milhões), Madeira (+2,2% para 6,4 milhões) e, finalmente, o Algarve (+2,1% para 14,8 milhões).

Fazendo contas e somando somente o mesmo número de hóspedes e dormidas dos quatro meses de 2023 (sem qualquer variação percentual) em cima do que o turismo português já registou nestes oito meses, Portugal atingirá mais de 31 milhões de hóspedes e supera as 79 milhões de dormidas.

Créditos: Convent Square Hotel Vignette Collection

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Recorde de receitas: Europeus deverão gastar 114 mil milhões de dólares em hotéis em 2024

Com a maioria dos viajantes das principais economias da Europa a escolher hotéis em vez de outro tipo de alojamento, a indústria hoteleira europeia deverá atingir um novo recorde de receitas e de utilizadores este ano. Um inquérito da Statista Market Insights estima que os europeus gastarão 114 mil milhões de dólares em hotéis em 2024, ou seja, mais 14 mil milhões de dólares do que em 2023.

Com a maioria dos viajantes das principais economias da Europa a escolher hotéis em vez de outro tipo de alojamento, a indústria hoteleira europeia deverá atingir um novo recorde de receitas e de utilizadores este ano. Um inquérito da Statista Market Insights estima que os europeus gastarão 114 mil milhões de dólares em hotéis em 2024, ou seja, mais 14 mil milhões de dólares do que em 2023.

Com o número de utilizadores de hotéis a aumentar constantemente, espera-se que o segmento hoteleiro europeu conte mais de 287 milhões de utilizadores este ano, quase 15 milhões a mais do que em 2023. Até ao final da década, prevê-se que este número suba para quase 340 milhões.

De acordo com dados apresentados pela Stocklytics.com, mais de 60% dos viajantes das principais economias da Europa (Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Espanha), escolhem hotéis para alojamento.

Os viajantes espanhóis são mais propensos a escolher um hotel em detrimento de qualquer outra opção de alojamento, com 70% a ficarem em hotéis quando viajavam. Isto pode ter a ver com o facto de os preços de alojamento em Espanha serem geralmente mais baixos do que noutros países da Europa Ocidental. No entanto, o custo real depende da localização, estação e tipo de alojamento.

Os britânicos seguem de perto, com 64% dos viajantes que se hospedam em hotéis. A Alemanha ocupa o terceiro lugar nesta categoria, com 62% dos entrevistados a escolherem hotéis em vez de outros tipos de alojamento. Seguem-se Itália e França com 60% e 48%, respetivamente.

O inquérito da Booking também mostrou que para alemães, espanhóis e a maioria das outras nacionalidades, ficar num apartamento é a principal alternativa a um hotel, com uma média de 25% dos inquiridos a escolher este tipo de alojamento. Por outro lado, para os italianos, a segunda alternativa mais popular é um bed & breakfast. As casas de férias obtiveram uma quota de utilização muito menor, o que corresponde a 14% dos entrevistados dos cinco países.

Embora os preços dos hotéis tenham disparado em média nos últimos três anos, com algumas regiões e áreas de grande procura a registarem aumentos ainda maiores, e com as despesas de viagens a aumentarem devido à inflação, estes factos não afetaram os viajantes europeus que ainda preferem hotéis a outros alojamentos.

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Mercado nacional regista principal descida de ocupação hoteleira no Algarve em agosto

Os dados provisórios da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) dão conta de que as principais descidas na ocupação hoteleira da região em agosto foram protagonizadas pelo mercado nacional, com menos 3,6 pontos percentuais (pp) face ao período homólogo. Seguiu-se o mercado  francês, com uma descida de 0,5pp em relação ao mesmo mês do ano passado.

Os dados provisórios da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) dão conta de que as principais descidas na ocupação hoteleira da região em agosto foram protagonizadas pelo mercado nacional, com menos 3,6 pontos percentuais (pp) face ao período homólogo. Seguiu-se o mercado  francês, com uma descida de 0,5pp em relação ao mesmo mês do ano passado.

Por outro lado, os mercados que registaram maiores crescimentos homólogos em agosto na ocupação hoteleira do Algarve foram  o alemão (mais 1,2pp), o norte americano (mais 0,5pp) e o neerlandês, com mais 0,4pp.

Note-se que em agosto deste ano a taxa de ocupação por quarto foi de 89,3%, próximo do valor verificado em 2023, tendo subido 1%.

A estadia média foi de 4,8 noites, 0,2 noites abaixo da verificada no mês homólogo, sendo que os mercados que contribuíram com as estadias médias mais prolongadas foram o mercado neerlandês, com sete noites, e do irlandês, com seis noites.

Photo via Visualhunt.com

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Proveitos da atividade turística abrandam em junho

Apesar de continuaram a crescer, os proveitos da atividade turística registaram um abrandamento em junho face ao mês anterior que, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), se nota nos proveitos totais e de aposento. Ainda assim, as dormidas voltaram a aumentar, principalmente entre os não residentes.

Inês de Matos

Em junho, as unidades de alojamento turístico nacionais registaram 3,0 milhões de hóspedes e 7,8 milhões de dormidas, traduzindo crescimentos de 6,7% e 4,8%, respetivamente, que geraram 698,0 milhões de euros de proveitos totais e 541,0 milhões de euros de proveitos de aposento, valores que, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), indicam que o crescimento dos proveitos está a abrandar.

“O crescimento dos proveitos totais abrandou em junho (+12,7%, após +15,3% em maio), atingindo 698,0 milhões de euros. O mesmo sucedeu com os proveitos de aposento, que também aumentaram 12,7%, (+15,5% maio), ascendendo a 541,0 milhões de euros”, lê-se no comunicado que acompanha os números do INE e que foi divulgado esta quarta-feira, 14 de agosto.

Já o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se nos 85,0 euros, refletindo um aumento de 9,4%, e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu os 132,0 euros, crescendo 8,0%, com o INE a notar que “o ADR atingiu os valores mais elevados na Grande Lisboa (170,9 euros), no Algarve (139,8 euros) e na RA Açores (128,4 euros)”.

Por regiões, a Grande Lisboa “continuou a ser a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (29,3% dos proveitos totais e 30,9% dos proveitos de aposento), seguida do Algarve (29,2% e 28,3%, respetivamente) e do Norte (15,2% e 15,6%, pela mesma ordem)”.

Segundo o INE, “todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem no Alentejo (+22,0% nos proveitos totais e +16,2% nos de aposento), na RA Açores (+19,4% e +21,1%, respetivamente) e na Península de Setúbal (+18,1% e +18,6%, pela mesma ordem)”.

Já o valor de RevPAR mais elevado foi registado na Grande Lisboa (133,5 euros), seguindo-se o Algarve, com 96,7 euros, ainda que os maiores crescimentos tenham ocorrido na RA Açores(+17,2%) e na Península de Setúbal (+16,0%), enquanto
os menos expressivos se verificaram no Norte (+3,8%) e Oeste e Vale do Tejo (+6,2%).

“Em junho, este indicador cresceu 10,3% na hotelaria (+13,0% em maio). No alojamento local e no turismo no espaço rural e de habitação, registaram-se crescimentos de, respetivamente, 7,9% e 9,9% (+10,0% e +15,5%, em maio, pela mesma ordem)”, refere o INE.

No ADR, a Grande Lisboa voltou a destacar-se com o valor mais elevado de 170,9 euros, seguida do Algarve (139,8 euros) e da RA Açores (128,4 euros), com o INE a revela que  “este indicador registou crescimento em todas as regiões, com os maiores aumentos a ocorrerem na RA Açores (+13,4%) e na RA Madeira (+13,3%)”.

“Em junho, o ADR cresceu em todos os segmentos, +7,9% na hotelaria (+9,1% em maio), +8,8% no alojamento local (+7,9% em maio) e +10,4% no turismo no espaço rural e de habitação (+8,1% em maio)”, refere também o INE.

O município de Lisboa concentrou ainda 18,0% do total de dormidas (8,7% do total de dormidas de residentes e 21,7% de não residentes), registando um acréscimo de 4,6% (+7,4% nos residentes e +4,1% nos não residentes).

O INE acrescenta que, entre os municípios com maior número de dormidas em junho, “Portimão (3,9% do total de dormidas) destacou-se com o maior crescimento (+13,4%), para o qual contribuíram as evoluções positivas das dormidas de residentes (+8,0%) e, sobretudo, as de não residentes (+15,4%)”.

Em junho, o crescimento dos proveitos abrandou nos três segmentos de alojamento, uma vez que, na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 86,6% e 84,8% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram ambos 12,1%, enquanto nos estabelecimentos de alojamento local, registaram-se aumentos de 15,6% nos proveitos totais e 16,1% nos proveitos de aposento (quotas de 9,5% e 11,2%, respetivamente).

Já no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,9% nos proveitos totais e de 4,0% nos relativos a aposento), os aumentos foram de 18,8% e 16,6%, respetivamente.

Maioria das dormidas de junho concentraram-se em 10 munícipios

Os dados do INE mostram ainda que 61,0% das dormidas registadas em junho concentraram-se “nos 10 municípios com maior número de dormidas”, com destaque para Lisboa, que concentrou  18,0% do total de dormidas, atingindo 1,4 milhões (+4,6%, após +5,3% em maio).

Em Lisboa, as dormidas de residentes aumentaram 7,4% e as de não residentes cresceram 4,1%, com o INE a destacar que este município “concentrou 21,7% do total de dormidas de não residentes em junho”.

Já Albufeira foi o segundo município em que se registaram mais dormidas (912,7 mil dormidas, peso de 11,7%), aumentando 2,1%, neste caso, com as dormidas de residentes a crescerem 2,6%, “superando o ritmo de crescimento dos não residentes (+2,0%)”.

No Porto, as dormidas totalizaram 576,1 mil (7,4% do total), tendo-se observado um crescimento de 6,3% (+8,7% em maio), “com o contributo das dormidas de não residentes (+7,9%), dado que as de residentes decresceram 2,3%”, indica também o INE.

No Funchal (548,4 mil dormidas, peso de 7,0%), houve um crescimento de 3,4% (+5,0% em maio), para o qual contribuíram, diz o INE, “as dormidas de não residentes (+6,9%), tendo em conta que as dormidas de residentes diminuíram 16,5%.

“Em todos os 10 municípios com maior número de dormidas em junho, as dormidas de não residentes superaram as dos residentes”, explica ainda o INE, na informação divulgada esta quarta-feira.

No crescimento das dormidas de não residentes, o INE destaca os municípios de Portimão, Ponta Delgada, Porto, Funchal e Loulé e diz também que Portimão, Lisboa, Cascais e Lagoa foram “os que se mais se distanciaram positivamente da média nacional em termos de crescimento das dormidas de residentes”.

Dormidas de não residentes justificam aumento de proveitos até junho

No conjunto dos seis primeiros meses de 2024, as unidades de alojamento turístico nacionais contabilizam já 35,5 milhões de dormidas, num aumento de 4,5% face ao primeiro semestre de 2023, o que, segundo o INE, deu “origem a aumentos de 12,3% nos proveitos totais e de 12,1% nos de aposento”, para 2,8 mil milhões de euros e 2,1 mil milhões de euros, respetivamente.

“Este aumento deveu-se, principalmente, às dormidas de não residentes, que cresceram 5,8%, enquanto as de residentes registaram um crescimento mais modesto (+1,4%)”, explica o INE.

Já o RevPAR atingiu os 58,6 euros no primeiro semestre de 2024, num aumento de 7,4% face a período homólogo de 2023, enquanto o ADR chegou aos 108,9 euros, depois de um aumento de 7,6%.

Segundo o INE, a “Grande Lisboa registou os valores mais elevados de RevPAR e ADR neste período (98,5 euros e 143,4 euros), seguindo-se a RA Madeira (74,4 euros), em termos de RevPAR, e o Alentejo (104,5 euros) e o Norte (101,1 euros), em termos de ADR”, enquanto os maiores aumentos do RevPAR foram atingidos na Península de Setúbal (12,6%), na RA Açores (+12,0%) e no Oeste e Vale do Tejo (+11,1%), tendo os crescimentos mais modestos sido registados no Norte (+4,6%) e no Centro (+5,0%).

O INE indica ainda que a RA Madeira registou os maiores crescimentos de ADR (+10,9%), seguindo-se a Península de Setúbal (+9,8%), a Grande Lisboa (+9,0%) e ainda a RA Açores (+8,9%).

Por destinos nacionais, o INE diz que, nos seis primeiros meses do ano, “o conjunto dos 10 municípios com maior número de dormidas no 1º semestre de 2024 concentrou, neste período, 61,4% do total de 35,5 milhões de dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico”, incluindo 71,8% das dormidas de não residentes e 35,0% das dormidas de residentes.

O munícipio de Lisboa voltou a destacar-se no primeiro semestre do ano, concentrando 21,2% do total de dormidas, seguindo-se Albufeira (9,1%) e o Funchal (8,5%), com a capital portuguesa a ser mesmo o principal destino das dormidas dos residentes (10,6%), seguindo-se os municípios de Albufeira (5,2%) e do Porto (4,5%).

“Desde o início do ano, concentraram-se em Lisboa ¼ das dormidas de não residentes (25,3%), seguindo-se os municípios de Albufeira (10,7%) e do Funchal (10,4%)”, refere também o INE.

Segundo os dados divulgados, o Reino Unido “concentrou ¼ das dormidas no município de Albufeira (24,9%), município que foi também o que recebeu o maior número de dormidas de residentes na Irlanda (35,9%) e nos Países Baixos (16,8%), enquanto o
Funchal foi o principal destino das dormidas de residentes na Alemanha (18,3%)”.

Já o município de Lisboa foi o principal destino das dormidas dos brasileiro (46,7%), norte-americanos (44,9%), italianos (43,5%), canadianos (32,8%), francêses (26,4%) e espanhóis (22,6%).

“Destaque ainda para o peso que os municípios de Lisboa e do Porto, em conjunto, representaram no total de dormidas dos mercados brasileiro (60,8%), norte americano (59,7%) e italiano (57,3%)”, acrescenta o INE, sublinhando que “Lisboa e Porto concentraram mais de metade das dormidas dos mercados brasileiro, norte americano e italiano no primeiro semestre”.

Por outro lado, o munícipio de Lagos foi, entre os principais, “aquele em que se registou maior dependência dos mercados externos(89,7%), seguindo-se o Funchal (87,4%) e Lisboa (85,7%), enquanto no extremo oposto encontra-se Ponta Delgada com a menor depedência (59,6%).

“De realçar ainda que os restantes municípios apresentaram, no seu conjunto, uma dependência dos mercados externos (52,3%) inferior a qualquer um destes 10 municípios e inferior à média nacional (71,7%)”, diz o INE.

O Reino Unido foi, como esperado, o principal mercado emissor no primeiro semestre, representando 18,4% do total de dormidas de não residentes neste período, sendo mesmo o principal mercado externo em Loulé (55,7% do total de dormidas de não residentes), Albufeira (42,8%), Portimão (38,3%), Funchal (30,3%), Lagoa (30,1%) e Cascais (13,7%).

Já o mercado alemão (11,7% do total de dormidas de não residentes) foi o principal em Lagos (24,7%) e ainda no conjunto dos municípios que não figuram nos 10 principais (15,2%), enquanto os EUA (9,2% do total de dormidas de não residentes) ficaram na primeira posição em Ponta Delgada (18,2%), em Lisboa (16,3%) e no Porto (14,3%).

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Mercado nacional regista quebras de ocupação hoteleira no Algarve em julho

O mercado nacional protagonizou a maior descida de ocupação por quarto no Algarve em julho de 2024, face ao período homólogo. Contudo, os nacionais continuaram a constituir o principal mercado para a região no passado mês de julho, tanto no número de dormidas como de hóspedes.

O mercado nacional foi o que registou a maior descida de ocupação por quarto no Algarve em julho, quando comparado com o período homólogo.

De acordo com os mais recentes dados da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), em julho deste ano o mercado nacional registou uma quebra de menos 2,3 pontos percentuais (pp) quando comparado com o mesmo mês do ano passado. No entanto, apesar dos valores, “os portugueses continuam a ser o principal mercado [da região em julho de 2024], quer em número de dormidas, quer de hóspedes”, de acordo com a associação.

No passado mês de julho a taxa de ocupação por quarto no Algarve situou-se nos 83,6%, próximo do valor verificado em 2023, altura em que este indicador se registou nos 83,3%, ou seja, menos 0,3 pp.

Os mercados que registaram maiores crescimentos homólogos em julho deste ano foram o sueco (mais 0,8 pp), o neerlandês (mais 0,4 pp), e o alemão, com mais 0,3pp.

Neste mês a estadia média foi de 4,9 noites – 0,2 acima da verificada no período homólogo –, sendo que as estadias mais prolongadas foram protagonizadas pelos mercados irlandês (6,9 noites), belga (6,5 noites) e sueco, com 6,4 noites.

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Turismo continua a crescer em junho, mas mais lentamente

A atividade turística mantém-se com números positivos, tendo registado um crescimento em hóspedes e dormidas no mês de junho. Contudo, segundo o INE, no sexto mês de 2024, o aumento foi mais moderado do que em maio. No 1.º semestre, no entanto, Portugal já ultrapassou os 14 milhões de hóspedes e as 35,5 milhões de dormidas.

Victor Jorge

O setor do alojamento turístico registou três milhões de hóspedes e 7,8 milhões de dormidas em junho de 2024, correspondendo a aumentos de 6,7% e 4,8%, respetivamente, informa o Instituto Nacional de Estatística (INE). Estes números mostram, contudo, um ligeiramente abrandamento da atividade, depois de, em maio, os crescimentos terem sido de 9,5% e 7,6%, pela mesma ordem.

As dormidas de residentes totalizaram 2,2 milhões e cresceram 3,2%, contra os 7,6% em maio, enquanto as dormidas de não residentes totalizaram 5,6 milhões correspondendo a um aumento de 5,5%, também um ligeiro abrandamento face aos +7,7% do mês de maio anterior.

Nos mercados externos, os 10 principais mercados emissores, em junho, representaram 77,7% do total de dormidas de não residentes neste mês, destacando-se o mercado britânico (20,8% do total das dormidas de não residentes em junho), o de maior peso, com um aumento de 5,5% face ao mês homólogo.

Os Estados Unidos da América foram o 2.º principal mercado (peso de 10,6%), em resultado de um crescimento de 13,7%. Seguiu-se o mercado alemão, na terceira posição (quota de 10,6%), com um decréscimo de 0,4%, e o mercado espanhol (8% do total), que registou um crescimento de 6,3%.

No grupo dos 10 principais mercados emissores, destacaram-se ainda os mercados dos Países Baixos e do Canadá (quotas de 4,6% e 2,6%, respetivamente) pelos crescimentos mais significativos, +11,9% e +11,7%, pela mesma ordem. O mercado brasileiro (quota de 4,2%) foi o que mais decresceu (-1%).

Não residentes puxam pelas dormidas em junho e no 2.º trimestre
Neste mês de junho, o INE indica que todas as regiões registaram crescimentos nas dormidas. Os aumentos mais expressivos observaram-se na Península de Setúbal (+9,1%) e nos Açores (+7,2%), sendo mais modestos na Madeira (+3,3%) e no Algarve (+3,7%).

As dormidas de residentes apresentaram crescimentos em todas as regiões, com exceção das Regiões Autónomas da Madeira (-6,9%) e dos Açores (-2%). A Península de Setúbal destacou-se com o maior crescimento (+10,2%), seguindo-se a Grande Lisboa (+8,2%) e o Centro (+5,8%).

As dormidas de não residentes cresceram em todas as regiões, de forma mais expressiva no Alentejo (+14,6%), e nos Açores (+11,8%).

Já a ocupação nos estabelecimentos de alojamento turístico aumentou, em junho, para 54,2% e 64,4% nas taxas líquidas de ocupação-cama e ocupação-quarto, respetivamente (+0,8 p.p. em ambas).

No que diz respeito à análise do 2.º trimestre de 2024, o INE revela que as dormidas aumentaram 2,8% (+7,4% no 1.º trimestre), devido aos não residentes (+4,2%; +8,7% no 1.º trimestre), dado que as dormidas dos residentes diminuíram 0,8% (+4,7% no 1.º trimestre).

Assim, o total de hóspedes no 2.º trimestre de 2024 foi de 8,8 milhões, enquanto as dormidas ultrapassaram, nos três meses – abril, maio e junho – as 22 milhões.

O INE salienta que “estes resultados foram influenciados pela estrutura móvel do calendário”, ou seja, “pelo efeito do período de férias associado à Páscoa, que este ano se repartiu entre março (1.º trimestre) e abril (2.º trimestre), enquanto no ano anterior se concentrou apenas no 2.º trimestre”.

Ainda nesta análise trimestral, verifica-se que o mercado britânico registou um crescimento de 2,7% face a igual período do ano anterior e representou 19,5% do total de dormidas de não residentes (19,7% no 2.º trimestre de 2023). Seguiram-se os mercados alemão (11,4% do total, o mesmo peso no período homólogo; +4,1% face ao 2.º trimestre de 2023) e norte-americano, sendo este último, entre os cinco principais, o único que registou aumento de quota (+0,9 p.p., passando a representar 10,1% do total no 2º. trimestre) bem como a maior variação homóloga (+15% face ao 2.ºT trimestre de 2023).

Em sentido contrário, o mercado espanhol foi, entre os principais, o que registou maior diminuição do seu peso neste trimestre (-1,3 p.p., para 7,3% do total), em resultado de um decréscimo de 11,4% das dormidas deste mercado face ao mesmo período no ano passado.

2024 continua a bater 2023
Analisando os primeiros seis meses de 2024, os dados do INE mostram um total de 14,3 milhões de hóspedes, correspondendo a uma subida de 5,6% face a igual período de 2023, enquanto no número de dormidas, estas somaram 35,5 milhões, o equivale a uma subida de 4,5% face aos mesmos seis meses de 2023.

Nesta análise, os não residentes somaram 8,8 milhões, ou seja, mais 7,5% que no mesmo período de 2023 ao nível do número de hóspedes, enquanto os residentes totalizaram 5,5 milhões, mais 2,9% que nos primeiros seis meses do ano passado.

Já ao nível das dormidas no primeiro semestre, os não residentes também bateram os residentes, tendo somado 25,4 milhões de dormidas, contra as 10 milhões dos residentes.

A Grande Lisboa continua a ser a campeã no número de hóspedes, tendo recebido, no primeiro semestre mais de quatro milhões (+5,2% que nos primeiros seis meses de 2023), seguindo-se o Porto (com 3,3 milhões, +7,1%), Algarve (com 2,3 milhões, + 3,1%), fechando a região Centro a fasquia acima do milhão, com 1,3 milhões (+6,9%).

Na comparação no número de dormidas, Lisboa também lidera (9,2 milhões, +4%), seguindo-se nesta análise o Algarve (8,7 milhões, +2,8%), fechando o Porto a região que ficou acima da fasquia dos cinco milhões, com 6,1 milhões (+6,1%).

Do total de hóspedes não residentes no primeiro semestre (8,8 milhões), o Reino Unido foi responsável por 1,158 milhões, seguindo-se os EUA com 1,039 milhões, Espanha com 976 mil, Alemanha com 824 mil e França com 750 mil.

Nas dormidas de não residentes, a liderança no primeiro semestre também pertence ao Reino Unido, com 4,670 milhões, seguindo-se a Alemanha, com quase 3 milhões, e os EUA, com 2,345 milhões. Acima dos dois milhões estão ainda a Espanha (2,1 milhões) e França (2,060 milhões).

Estada média em baixa
Em junho, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,56 noites) diminuiu 1,8% (-1,7% em maio). Este indicador apenas registou crescimentos nas Regiões Autónomas (+4,2% na Madeira e +1,4% nos Açores), tendo decrescido de forma mais expressiva no Algarve (-2,9%) e no Centro (-2,8%).

Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na Madeira (4,64 noites) e no Algarve (3,87 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,73 noites) e no Oeste e Vale do Tejo (1,83 noites).

No sexto mês de 2024, a estada média dos residentes (1,97 noites) diminuiu 3,1% e a dos não residentes (2,92 noites) decresceu 1,3%.

A estada média dos não residentes foi mais longa do que a dos residentes em todas as regiões, tendo a Madeira continuado a registar as estadas médias mais prolongadas, quer dos residentes (3,29 noites) quer dos não residentes (5,04 noites). Para além da Madeira, as estadas médias observadas no Algarve (3,12 noites dos residentes e 4,15 noites dos não residentes) e nos Açores (2,66 noites e 3,25 noites, pela mesma ordem) também ficaram acima das estadas médias nacionais.

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Viagens dos residentes descem pela primeira vez desde 2.º trimestre de 2021

Os dados do INE, divulgados esta sexta-feira, 26 de julho, mostram que, no primeiro trimestre de 2024, a queda nas viagens em território nacional levou à descida das viagens dos residentes, que caíram 10,0% face a igual período do ano passado, na primeira descida identificada desde o segundo trimestre de 2021.

Inês de Matos

Os dados do INE, divulgados esta sexta-feira, 26 de julho, mostram que, no primeiro trimestre de 2024, a queda nas viagens em território nacional levou à descida das viagens dos residentes, que caíram 10,0% face a igual período do ano passado, na primeira descida identificada desde o segundo trimestre de 2021.

Nos três primeiros meses de 2024, os residentes em Portugal realizaram 4,5 milhões de viagens, número que representa uma descida de 7,8% face ao mesmo período do ano passado, naquela que, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), é a primeira descida deste indicador desde o segundo trimestre de 2021.

Os dados do INE, divulgados esta sexta-feira, 26 de julho, mostram que foi a queda nas viagens em território nacional que ditaram a queda nas viagens dos residentes, uma vez que estas desceram 10,0% entre janeiro e março de 2024, totalizando 3,9 milhões e representando 86,6% do total de deslocações.

As viagens ao estrangeiro, por outro lado, continuaram a crescer e, no primeiro trimestre deste ano, aumentaram 9,2%, somando 599,5 mil deslocações e representando 13,4% do total.

No entanto, os dados do INE mostram que também as viagens ao estrangeiro registam um abrandamento, uma vez que, no quarto e último trimestre de 2023, este indicador tinha crescido 12,9%, enquanto o aumento registado no primeiro trimestre de 2024 foi de apenas 9,2%.

O INE diz também que o número de viagens realizadas não foi constante ao longo dos três primeiros meses de 2024, uma vez que, em janeiro e fevereiro, registou-se uma diminuição do número de viagens, com descidas que chegaram aos 18,0% e 15,9%, respetivamente. Em março, mês que, este ano, incluiu a Páscoa, este indicador recuperou e já cresceu 12,4%.

Quanto à motivação de viagem, o INE destaca a “visita a familiares e amigos” como a principal e que representou 47,2% do total de viagens, o que já tinha acontecido em período homólogo de 2023. Esta motivação somou 2,1 milhões de viagens, o que traduz uma descida de 5,6%.

O segundo principal motivo para viajar foi o “lazer, recreio ou férias”, que somou 1,7 milhões de viagens e representou 37,7% do total, ainda que também nas viagens de lazer ou férias se tenha verificado uma descida de 12,1% no primeiro trimestre do ano.

Por fim, as viagens por motivos “profissionais ou de negócios”, que chegaram às 437,5 mil deslocações e representaram 9,8% do total, também desceram, numa quebra que, entre janeiro e março, chegou aos 10,6% face ao primeiro trimestre de 2023.

A “visita a familiares e amigos” foi mesmo a principal motivação para as viagens dos residentes em território nacional, representando 51,6% das deslocações nacionais, num total de 2,0 milhões de viagens, enquanto nas deslocações ao estrangeiro foi o “lazer, recreio ou férias” que motivou a maioria das viagens, com uma representação de 61,7% do total e 369,8 mil viagens.

Já o segundo principal motivo das deslocações nacionais foi o “lazer, recreio ou férias”, que representaram 34,0% do total ou 1,3 milhões de viagens, enquanto nas deslocações ao estrangeiro, a “visita a familiares e amigos” foi o segundo principal motivo, tendo estado na origem de 19,0% do total, representando um total de 113,8 mil viagens.

Os motivos “profissionais ou de negócios” foram a terceira principal razão dos residentes para viajar, quer nas deslocações nacionais, em que este tipo de viagem representou 8,6% do total e 331,5 mil viagens, quer nas deslocações ao estrangeiro, em que foram 17,7% do total, somando 105,9 mil viagens.

Os dados do INE mostram ainda que, no primeiro trimestre de 2024, a marcação prévia de serviços foi utilizada em 35,0% das viagens dos residentes, sendo mesmo dominante nas deslocações com destino ao estrangeiro, em que representou 93,9% do total, num aumento de 0,7 p.p., ao contrário das viagens nacionais, em que a marcação prévia foi utilizada apenas em 25,8% das viagens, o que representa uma subida de 0,9 p.p..

Quanto aos meios utilizados para fazer a marcação prévia, o destaque foi para o recurso à internet, que foi utilizado em 25,3% das deslocações (+3,1 p.p.), numa escolha que teve maior representatividade na organização de viagens ao estrangeiro, onde representou 72,1% do total, num aumento de 3,1 p.p., do que nas viagens em território nacional, em que a utilização deste recurso representou 18,1% do total, crescendo 1,8 p.p. face ao mesmo período de 2023.

Duração média das viagens aumenta

Quanto ao tipo de alojamento escolhido, o INE diz que, no primeiro trimestre do ano, a principal opção recaiu no “alojamento particular gratuito”, que representou 66,6% do total e 8,5 milhões de dormidas nas viagens de residente.

“Este tipo de alojamento teve maior prevalência nas viagens motivadas pela “visita a familiares ou amigos” (93,9% do total) e nas deslocações em “lazer, recreio ou férias” (45,7%)”, explica a informação divulgada pelo INE.

Já os “hotéis e similares” foram a segunda principal opção de alojamento, concentrando 24,0% das dormidas no primeiro trimestre do ano, num total de 3,1 milhões, com o INE a sublinhar que “este tipo de alojamento foi a principal opção nas dormidas em viagens por “motivos profissionais ou de negócios” (54,6%), tendo sido a segunda opção nas
dormidas em viagens motivadas por “lazer, recreio ou férias” (40,3%)”.

A subir esteve a duração média das viagens, que chegou às 2,84 noites, o que traduz um aumento face às 2,72 noites apuradas em igual período do ano passado, com o INE a revelar que “a duração média mais longa foi registada em março (3,17 noites; 2,67 em março de 2023) e a mais baixa em janeiro (2,55 noites; 2,79 em janeiro de 2023)”.

Os dados do INE mostram ainda que a proporção de turistas no primeiro trimestre do ano decresceu face a período homólogo de 2023, uma vez que 19,5% dos residentes fizeram pelo menos uma deslocação turística, o que traduz uma descida de 0,3 p.p. face ao mesmo período do ano anterior.

“Numa análise mensal, a proporção de residentes que realizou pelo menos uma
viagem diminuiu em janeiro e fevereiro (-1,6 p.p. e -2,0 p.p., respetivamente), tendo aumentado em março (+2,2 p.p.)”, conclui o INE.

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McKinsey & Company indica as cinco principais tendências do setor turístico e hoteleiro

O mais recente relatório da McKinsey & Company, que conta com uma amostra de 5.000 consumidores, aponta não só para um aumento da procura de viagens após a pandemia por COVID-19, como também para o surgimento de novos mercados de origem, além do crescimento do turismo no segmento de luxo.

No estudo “The state of tourism and hospitality 2024”, a McKinsey & Company aponta cinco tendências-chave que estão a marcar o setor turístico e hoteleiro.

O aumento da procura por viagens, novos mercados de origem, o desejo de experiências únicas, o crescimento do turismo de luxo e a necessidade de adaptar os destinos turísticos para satisfazer as expectativas dos turistas marcam as tendências do setor de acordo com a McKinsey & Company, que inquiriu 5.000 consumidores no seu mais recente estudo.

O relatório indica que 66% dos consumidores inquiridos afirmam estar mais interessados em viajar agora do que antes da pandemia por COVID-19 – uma tendência verificada em todas as faixas etárias, mas cuja percentagem aumenta nas camadas mais jovens. Os consumidores indicaram ainda estar a planear mais viagens em 2024 do que as realizadas em 2023.

Após a pandemia o turismo doméstico ganhou um maior protagonismo, de acordo com os dados da McKinsey, representando neste momento 75% do mercado global de gastos em viagens – um fenómeno que sugere uma tendência para a normalização pré-pandemia até 2030, como a McKinsey refere em nota de imprensa.

Estima-se ainda que o gasto em viagens atinja os 8.600 milhões de dólares em 2024, representando aproximadamente 9% do PIB global deste ano.

O estudo da consultora mantém os Estados Unidos da América (EUA), Alemanha, Reino Unido, China e França como os cinco países com maior emissão de turistas do mundo, reunindo 38% dos gastos em turismo a nível global. Contudo, os mercados de origem começam a registar mudanças: regiões como a Europa de Leste e o Sudeste Asiático, com um crescimento anual esperado na ordem dos 7% até 2030, e a Índia, com um crescimento médio esperado até 2030 de 9%, “são os países onde se irá observar um maior crescimento de turistas”, de acordo com a McKinsey.

O crescimento da procura no turismo de luxo

Os dados do estudo da McKinsey sublinham também a crescente procura dos viajantes por experiências e a sua disponibilidade para gastarem “uma parte significativa do orçamento da viagem nessas mesmas experiências, em detrimento do alojamento e do transporte”.

De acordo com o relatório, esta tendência é mais relevante quanto mais jovem é o turista. Quando questionados se estariam “disponíveis para um capricho em experiências quando viajam”, 52% da Geração Z respondeu que sim, contra 47% dos Millennials, 39% da Geração X e 29% dos Babyboomers.

Espera-se ainda que “a procura de turismo e hospitalidade de luxo cresça mais rapidamente do que qualquer outro segmento de viagem”, sendo a Ásia o epicentro deste tipo de turismo e o principal mercado emissor.

“Os viajantes de luxo não formam um grupo homogéneo, e muitos dos mitos tradicionais estão a mudar. A segmentação por idade, nacionalidade e património líquido revelam preferências em constante evolução. Muitos turistas ‘de luxo’ não são milionários, e a maioria tem menos de 60 anos”, aponta Javier Caballero, sócio da McKinsey & Company.

O estudo refere que os atuais turistas de luxo procuram experiências personalizadas que se adaptem aos seus interesses individuais, como imersões culturais autênticas e uma maior ligação com os destinos que visitam, com 78% destes viajantes dispostos a pagar mais por experiências diferenciadoras, personalizadas e exclusivas.

Neste segmento, o bem-estar pessoal e o impacto ambiental tornaram-se prioridades importantes. De acordo com a McKinsey, “os viajantes de luxo preferem opções que promovam a saúde e a sustentabilidade, com a tecnologia a assumir um aspeto relevante”. Este perfil de turista utiliza ferramentas digitais para planear e gerir as suas viagens, “o que obriga as empresas a melhorar as suas capacidades tecnológicas para oferecer serviços sem interrupções”. A análise da McKinsey afirma que 85% dos turistas de luxo utiliza aplicações móveis para organizar as suas viagens, e 75% prefere hotéis com inovações tecnológicas avançadas.

Para Javier Caballero, “as empresas de turismo centradas neste segmento devem melhorar as plataformas digitais e as aplicações móveis para oferecer uma experiência sem interrupções e personalizada. Isto inclui o uso de inteligência artificial para personalizar as recomendações e serviços, assim como implementar práticas sustentáveis que reduzam o impacto ambiental das viagens”.

Procura por destinos asiáticos ganha destaque

Os Estados Unidos, Espanha, China, França, Arábia Saudita, Turquia, Itália, Tailândia, Japão e Índia continuam a marcar a preferência dos viajantes, ao receberem 45% de todo o valor gasto em viagens, incluindo turismo interno. No entanto, os turistas começam a olhar para outros destinos com interesse, como é o caso do Laos e da Malásia, cujos gastos por parte de turistas internacionais aumentaram 20% e 17%, respetivamente, comparativamente aos anos anteriores.

Neste contexto, a Organização Mundial do Turismo (UNWTO) prevê que em 2030 o número de turistas alcance os 1.800 milhões, 20% superior aos 1.500 milhões registados em 2019.

Com base nesta previsão, o relatório da McKinsey destaca que os destinos devem preparar-se para seis dimensões: recrutar e formar trabalhadores suficientes; aproveitar a utilização de dados e a tecnologia para gerir o fluxo de turistas; ser estratégico em que segmentos se quer atrair turistas; descentralizar a infraestrutura e os pontos de interesse para uma distribuição maior por número de cidades/locais; preservar o património cultural e natural; e explorar múltiplos mecanismos de financiamento, como patrocínio de eventos ou colaborações público-privadas.

O estudo destaca ainda que “já há países que estão a desenvolver estratégias inteligentes na criação de procura turística”. É o caso do Vietname, que registou um aumento significativo de 40% no gasto turístico nos cinco anos anteriores à pandemia; do Peru, que está a promover locais arqueológicos menos visitados, enquanto se promove como um destino culinário de primeira categoria através da promoção de restaurantes peruanos no estrangeiro; ou do Ruanda, que está a investir em infraestrutura para se tornar um importante centro de trânsito africano.

“Quer seja a investir em infraestrutura, a criar ofertas atrativas para os mercados emergentes, ou a promover destinos menos conhecidos com motivos de interesse únicos, a flexibilidade e a inovação serão chave para prosperar nesta nova era do turismo global”, conclui o sócio da McKinsey.

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Proveitos no alojamento turístico ultrapassam os 2MM€ até maio

A subida em 9,4% nos hóspedes e 7,5% nas dormidas, face a maio de 2023, fazem com que os proveitos totais ascendam a mais de 660 milhões de euros. No acumulado do ano, o valor já ultrapassou os 2 mil milhões de euros.

Em maio de 2024, o setor do alojamento turístico registou 3,1 milhões de hóspedes e 7,7 milhões de dormidas, correspondendo a subidas de 9,4% e 7,5%, respetivamente, face a igual mês de 2023. Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os proveitos totais ascenderam a 660,8 milhões de euros, equivalendo a uma subida de 15,5% em comparação com o quinto mês do ano passado, enquanto os proveitos referentes aos apostos totalizaram 505,9 milhões de euros de proveitos, uma subida igual aos proveitos totais.

No acumulado do ano 2024 – de janeiro a maio -, as dormidas registaram um crescimento de 4,4%, atingindo 27,7 milhões, dando origem a aumentos de 12,2% nos proveitos totais e de 11,9% nos de aposento. Este aumento deveu-se, principalmente, às dormidas de não residentes, que cresceram 5,9%, enquanto as de residentes registaram um crescimento mais modesto (+0,9%).

Assim, os proveitos totais no alojamento turístico em Portugal atingiram, no acumulado do ano, 2.080 milhões de euros, uma subida de 12,2% face a igual período de 2023, sendo que nos proveitos nos aposentos, a subida de 11,9% em comparação com os primeiros cinco meses do ano passado, permitiu chegar-se aos 1.560 milhões de euros.

Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 3,3 milhões de hóspedes e 8,3 milhões de dormidas em maio, refletindo crescimentos de 9,2% e 7,5%, respetivamente. As dormidas de residentes aumentaram 7,9% e as de não residentes cresceram 7,4%.

Dos mais de 2 milhões de hóspedes não residentes, em maio de 2024, a liderança pertence ao Reino Unido com pouco mais de 277 mil, seguido pelos EUA com mais de 263,6 mil, aparecendo a Alemanha a fechar o pódio com 199,3 mil. No acumulado do ano – janeiro a maio de 2024 -, a liderança pertence, igualmente ao Reino Unido (874 mil hóspedes), seguido pelo EUA (779 mil) e Espanha (778 mil).

Já nas dormidas dos não residentes, o Reino Unido mantém a liderança com 1,1 milhões, seguido pela Alemanha (680 mil) e EUA (585 mil). Nas contas acumuladas dos primeiros cinco meses do ano, destaque para o Reino Unido, único mercado a ultrapassar as 3,5 milhões de dormidas, enquanto o segundo lugar pertence à Alemanha com 2,4 milhões de dormidas, seguida pelos EUA com 1,75 milhões.

Lisboa puxa pelo turismo
A Grande Lisboa continuou a ser a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos, com 33% dos proveitos totais e 35,2% dos proveitos de aposento, seguida do Algarve (23,6% e 21,7%, respetivamente) e do Norte (16,9% e 17,5%, pela mesma ordem).

Todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem nos Açores (+26,3% nos proveitos totais e +28,5% nos de aposento), na Península de Setúbal (+23,8% e +25,5%, respetivamente), no Alentejo (+21,9% e +21,3%, pela mesma ordem) e na Madeira (+20,7% e +22,5%, respetivamente).

Em maio, o crescimento dos proveitos acelerou nos três segmentos de alojamento. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 86,7% e 85% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram ambos 14,4%.

Nos estabelecimentos de alojamento local, registaram-se aumentos de 22,5% nos proveitos totais e 21,8% nos proveitos de aposento (quotas de 9,6% e 11,4%, respetivamente).

No turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,7% nos proveitos totais e de aposento), os aumentos foram de 23,2% e 22,7%, respetivamente.

Do total de 7,7 milhões de dormidas (+7,5%) nos estabelecimentos de alojamento turístico, 61,4% concentraram-se nos 10 municípios com maior número de dormidas em maio.

O município de Lisboa concentrou 19,8% do total de dormidas, atingindo 1,5 milhões (+5,4%, após +0,9% em abril). As dormidas de residentes decresceram ligeiramente (-0,2%), tendo as dormidas de não residentes apresentado um aumento de 6,3%. Este município concentrou 22,9% do total de dormidas de não residentes em maio.

Albufeira foi o segundo município em que se registaram mais dormidas (819,4 mil dormidas, peso de 10,7%), voltando a registar um aumento (+3,3%), após o decréscimo de 13,4% no mês anterior. As dormidas de residentes tiveram o crescimento mais expressivo (+14,3%) entre os principais municípios, enquanto as de não residentes registaram um acréscimo mais modesto (+1,8%).

No Porto, as dormidas totalizaram 616,1 mil (8% do total), tendo-se observado um crescimento de 7,8% (-0,5% em abril), com o contributo das dormidas de não residentes (+9,2%), dado que as de residentes decresceram 0,5%.

O Funchal (561,8 mil dormidas, peso de 7,3%) apresentou um crescimento de 5% (+0,6% em abril), para o qual contribuíram as dormidas de não residentes (+6,7%), tendo em conta que as dormidas de residentes diminuíram 6,3%.

Em resumo, em todos os 10 municípios com maior número de dormidas em maio, as dormidas de não residentes superaram as dos residentes.

Entre os 10 principais municípios, Ponta Delgada continuou a destacar-se com o maior crescimento (+18,3%), para o qual contribuíram as evoluções positivas das dormidas de residentes (+6,8%) e, sobretudo, as de não residentes (+25%).

Face aos crescimentos das dormidas registados em Portugal, em maio de 2024 destacaram-se, entre os principais, os municípios de Ponta Delgada, Portimão e Porto, em termos de dormidas de não residentes. Por sua vez, Albufeira, Loulé e Cascais foram os que se mais se distanciaram positivamente da média nacional em termos de crescimento das dormidas de residentes.

ADR com novos máximos históricos na Grande Lisboa e no Norte
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 78,3 euros em maio, registando um aumento de 12% (-0,5% em abril).

O valor de RevPAR mais elevado foi registado na Grande Lisboa (138,1 euros), tendo atingido um novo máximo histórico nesta região. Seguiu-se a Madeira com 92,5 euros. Os maiores crescimentos ocorreram na Península de Setúbal (+22%) e nos Açores (+20,2%), enquanto os menos expressivos se verificaram no Centro (+3,4%), na Grande Lisboa (+10%) e no Norte (+10,1%).

Em maio, este indicador cresceu 13% na hotelaria (+0,6% em abril). No alojamento local e no turismo no espaço rural e de habitação, registaram-se crescimentos de, respetivamente, 10,9% e 14,1% (-4,2% e -2,6%, em abril, pela mesma ordem).

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 123 euros (+9,4%, após +4,1% em abril).

A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (171,4 euros), seguida do Norte (118,8 euros), tendo sido atingidos novos máximos históricos em ambas as regiões. Este indicador registou crescimento em todas as regiões, com os maiores aumentos a ocorrerem na Madeira (+18,4%), na Península de Setúbal (+14,2%) e na Grande Lisboa (+11,2%).

Em maio, o ADR cresceu em todos os segmentos, +9,5% na hotelaria (+3,9% em abril), +9,6% no alojamento local (+3,5% em abril) e +8,5% no turismo no espaço rural e de habitação (+11,8% em abril).

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