Opinião | Chegou o Verão
Leia a opinião de Gonçalo Garcia, head of hospitality da Cushman & Wakefield, publicada na edição de Julho da Revista Publituris Hotelaria.
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Parece que o Verão chegou sem vergonha desta vez. Os tradicionais sol e mar começam a fazer ouvir a sua voz e a puxar pela atividade turística. Os nossos destinos e aeroportos de entrada assistem ao regresso dos turistas repetentes e fidelizados, mas também a uma significativa leva de novos visitantes que vêm com o genuíno interesse de conhecer o tão bem-afamado Portugal.
Há uma generalizada sensação de otimismo, porém mais maduro e consciente, alicerçado no conhecimento dos ciclos económicos, e na irrealidade de se poder manter crescimentos a dois dígitos ano após ano. As noticias sobre o sector são homogéneas e coerentes na sua recorrência de crescimentos e abrandamentos da atividade. Se há meses em que anunciam crescimentos face a anos anteriores, meses há aqueles também em que registam abrandamento ou possíveis focos de concorrência direta internacional, como é o caso do levantamento das restrições de viagem para o Norte de África por parte do mercado britânico.
Este é o momento crítico em que se irá comprovar a efetividade de reposicionamento do destino Portugal, e sobretudo dos destinos de Sol & Mar. Demonstrar impactos diminutos na procura turística provocados pela retomada daqueles destinos, será um elemento de confirmação do reposicionamento que temos vindo a fazer.
E estes sinais são precisamente elementos de um processo em curso, e que deverão ser vistos com naturalidade. Reconheço igualmente que possam provocar alguma tensão junto dos players, porém não lhes deve abalar a confiança ou criar receios de recessão ou perda de mercado.
De um modo geral, os investidores continuam com interesse ativo e a materializar aquisições na Península Ibérica. O facto de plataformas de investimento globais com perfil “value add” ou oportunístico terem realizado operações recentes, é demonstrativo da confiança que têm no processo de reposicionamento que a Península Ibérica está a beneficiar. E um pouco por todo o mundo, o sector da hotelaria está a observar movimentos de consolidação, aquisições de portefólios de hotéis, ou participações sociais em cadeias globais, transmitem, aos meus olhos, a mensagem de que é momento de ganhar a posição em mercados e segmentos chave, onde o valor acrescentado seja materializado nos próximos 3 a 5 anos.
Se convencionamos que a robustez de mercado é o pilar principal para a confiança dos investidores, diria que este será a “prova dos nove” para um reposicionamento bem sucedido. Do lado do investimento continuamos a assistir a uma disponibilidade de capital e divida para apostar no reforço de posições no sector.
* O autor escreve segundo o Acordo Ortográfico de 2015