Restauração prevê taxa de ocupação que pode ir aos 70%
Inquirido pela plataforma TheFork, o setor da restauração nacional antevê taxas de ocupação que rondam os 20 a 50%. os mais otimistas admitem ir aos 70%
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Com o mês de agosto a meio, a restauração nacional tem tido a oportunidade de recuperar os meses de limitações e, finalmente, contribuir para a recuperação da economia e, de certa forma, do ânimo dos portugueses.
Segundo dados internos do The Fork, plataforma de reservas online de restaurantes, presente em 22 mercados com mais de 80.000 restaurantes, mais de 40% dos restaurantes portugueses preveem uma taxa de ocupação entre os 20% e 50% para este período de verão e cerca de 32% acreditam numa maior frequência indo para quase 70% de ocupação.
De salientar que a grande maioria dos restaurantes inquiridos identificam o turismo nacional como o maior responsável pelo crescente número de reservas, com o turismo internacional ainda ter um peso pouco significativo.
Sérgio Sequeira, CEO Iberia & Latam Region do TheFork, salienta que “é imprescindível ter agilidade e uma rápida capacidade de adaptação”, quando se fala do setor da restauração.
No que toca aos sistemas de gestão de reservas, estes são considerados fundamentais na gestão do negócio e imprescindíveis para o regresso à “normalidade”, com Sério Sequeira a admitir que, o TheFork, pela experiência, rede de restaurantes aderentes e análise de dados de consumo, pretende “apoiar ainda mais tanto os restaurantes que aderem aos nossos serviços e cujos negócios ajudamos a crescer, como os clientes que cada vez mais nos encaram como uma ferramenta imprescindível para regressar a uma mesa de restaurante confiantes da qualidade da proposta gastronómica, em segurança e com toda a atenção que merecem depois da fase que vivemos”.
Por outro lado, a visibilidade online tornou-se ainda mais relevante, levando a que o investimento nesta área registasse um crescimento, com a presença dos restaurantes na plataforma TheFork um dos investimentos realizados. Aliás, cerca de 60% dos restaurantes afirmam que decidiram igualmente reforçar a sua comunicação, nomeadamente a nível de redes sociais/website, e novamente através da adesão a este tipo de plataformas.
Analisando o consumo neste setor, quase metade dos clientes portugueses opta por um investimento moderado quando se deslocam aos restaurantes, com apenas uma pequena percentagem a decidir investir mais do que no período pré-pandemia correspondente.
As esplanadas continuam a ser a grande preferência dos portugueses aquando da altura de sair de casa e usufruir dos restaurantes, tal como a adesão aos pagamentos com meios digitais. Outra grande tendência que se tem vindo a manter desde o fim do primeiro confinamento é a antecedência com que os clientes fazem as suas reservas.
A restauração encara os sistemas de gestão de reservas como fundamentais na gestão do negócio, sendo que a quase totalidade dos restaurantes afirma que são funcionalidades incontornáveis no presente e futuro. A funcionalidade mais destacada no contexto de pandemia foi, sem dúvida, o serviço online de reservas, a par da possibilidade de pagamento online e menu digitais também mencionados.
Finalmente, com a contração económica que se verificou recentemente, as novas contratações foram moderadas e cerca de 40% não planeia reforçar a equipa. No entanto, 36% dos restaurantes já contrataram novos elementos e vários outros planeiam fazê-lo num futuro próximo, acreditando na recuperação eminente, com os empregados de sala a constituírem os profissionais mais procurados neste momento.