Créditos: Francis Amiand
Mama Shelter mantém forte aposta na restauração com novas oportunidades de emprego
A unidade hoteleira irá marcar presença na Bolsa de Empregabilidade, onde estará “à procura de talentos, maioritariamente para a área da restauração”.
Pouco tempo após a sua abertura, o hotel Mama Shelter – que se afirma como um “restaurante com quartos por cima” – continua a apostar na restauração, dada a aceitação “fenomenal” do espaço. Quem o garante é Henrique Tiago de Castro, diretor-geral da unidade, que explanou os resultados do Mama Shelter numa apresentação à imprensa na passada quinta-feira, 17 de fevereiro.
Para o diretor-geral, esta aceitação tem uma explicação simples: a “descontração” do restaurante. O espaço, com um total de 240 lugares, faz uma adaptação portuguesa da brasserie francesa, num ambiente que convida à fotografia: desde o teto inundado de peixes desenhado por Beniloys, até aos capitéis decorados com vários animais marinhos em cerâmica da Bordallo Pinheiro, há sempre um pormenor que puxa a atenção.
Em apresentação de imprensa, Henrique Tiago de Castro explicou que ao restaurante acabaram por afluir clientes “que costumam frequentar espaços como o JncQuoi, o SEEN ou Praia no Parque” e que, no Mama Shelter, “encontram um espaço mais descontraído, com o jantar a rondar os 37 e os 40 euros e o almoço entre os 16 e 17 euros”.
Os números falam por si: da receita total da unidade, a restauração tem um peso de 60% no Mama Shelter. “Pelo menos, do que está orçamentado”, uma vez que Henrique Tiago de Castro não deixa de frisar que, “se os quartos não tiverem uma performance tão boa como a esperada, [esta percentagem] pode representar ainda mais”.
Por essa razão, o diretor-geral defende que a restauração “adiciona resiliência aos hotéis”, e a sua estratégia de ação vai nesse sentido.
Arrancaram a abertura com 50 pessoas, e, neste momento, contam com 69 colaboradores. Por preverem a abertura de um rooftop nesta unidade – um espaço com cozinha e bar de 160 lugares – Henrique Tiago de Castro adiantou que o Mama Shelter irá marcar presença na Bolsa de Empregabilidade, onde vão estar “à procura de talentos, maioritariamente para a área da restauração”.
De momento existem 14 vagas abertas para restauração. Para a Bolsa de Empregabilidade, que decorre de 18 a 19 de fevereiro integrada na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), estarão disponíveis mais 30 vagas, para serviço de cozinha e sala.
Sobre as dificuldades atuais de empregabilidade no setor hoteleiro e de restauração, o diretor-geral mostra-se confiante, explicando que, “é muito mais fácil [empregar no Mama Shelter] do que outros sítios onde já trabalhei: a marca é atrativa e as pessoas podem trabalhar num ambiente mais descontraído, sem formalismos desnecessários”.
Samuel, um dos colaboradores desta unidade, atesta a afirmação. Tendo experiência em outras unidades hoteleiras, e após ter trabalhado num call center durante a pandemia, o colaborador afirma sem hesitação que “trabalhar neste ambiente é um sonho. Estamos descontraídos, sentimo-nos em casa, apoiam-nos”.
Os quartos por cima do restaurante
E porque o Mama Shelter não deixa de ser um hotel onde também se pode dormir, para além de comer, o diretor-geral adiantou que perspetivam uma taxa de ocupação de cerca de 70% dos seus quartos.
Por enquanto, o preço mínimo por quarto sem pequeno-almoço é de 89 euros, um valor que também ambicionam aumentar este ano para um preço médio acima dos 90 euros.
“Os preços dos voos para Lisboa já começam a estar mais caros há várias semanas o que é sempre um bom indicador: à partida, é porque há procura. E já temos tido alguns picos de ocupação”, explica Henrique Tiago de Castro.
Esta unidade hoteleira conta com quatro tipologias de quartos: “S, M, M com terraço e L”, conforme explica o diretor-geral. Inaugurado a 12 de janeiro deste ano, esta é a primeira unidade Mama Shelter na Península Ibérica.