Proveitos do alojamento turístico crescem 48,4% em abril face a 2019
Segundo o INE, em abril, os proveitos totais do alojamento turístico foram de 497,1 milhões de euros, 28,6% acima de abril de 2022 e 48,4% além do período pré-pandemia, enquanto os proveitos de aposento chegaram aos 373,6 milhões de euros, subidas de 29,4% e 50,0% em comparação com abril de 2022 e 2019, respetivamente.
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Em abril, o setor do alojamento turístico nacional registou proveitos totais no valor de 497,1 milhões de euros, valor que ficou 28,6% acima do registado em igual mês do ano passado e 48,4% acima do período pré-pandemia, avança o Instituto Nacional de Estatística, que divulgou esta quarta-feira, 14 de junho, os dados relativos à atividade turística do quarto mês do ano.
Os dados do INE mostram que, em abril, também os proveitos de aposento cresceram e somaram 373,6 milhões de euros, ficando 29,4% acima de igual período do ano passado e 50,0% em comparação com abril de 2019, o último ano antes da chegada da pandemia da COVID-19.
Por regiões, foi Lisboa que concentrou a maioria dos proveitos, que representaram 33,7% dos proveitos totais e 36,2% dos relativos a aposento, seguindo-se o
Algarve (24,1% e 21,6%, respetivamente), o Norte (16,6% e 17,5%, respetivamente) e a RA Madeira (11,3% e 10,4%, pela mesma ordem).
No entanto, os maiores crescimentos foram para os Açores, onde os proveitos totais subiram 38,6%, enquanto os proveitos de aposento aumentaram 41,9% , seguindo-se o Norte (+31,0% e +33,7%, respetivamente) e a AM Lisboa (+30,4% e +32,8%, pela mesma ordem).
Já numa comparação com abril de 2019, o destaque foi para a RA Madeira (+70,2% nos proveitos totais e +75,4% nos de aposento), assim como para o Alentejo (+66,9% e +70,7%, respetivamente) e ainda para o Norte (+61,8% e +64,4%, pela mesma ordem).
A evolução dos proveitos foi positiva em todas as categorias de alojamento, com destaque para a hotelaria, onde os proveitos totais e de aposento (peso de 87,3% e 85,4% no total do alojamento turístico) aumentaram 27,7% e 28,3%, respetivamente, tendo ainda sido registados crescimentos de 46,5% e 48,1% face a abril de 2019.
Os proveitos dos estabelecimentos de alojamento local (quotas de 8,9% e 10,8%, respetivamente) aumentaram 39,1% nos proveitos totais e 40,7% nos proveitos de aposento, enquanto os do turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,8% em ambos) apresentaram crescimentos de 27,1% e 23,8%, pela mesma ordem.
“Comparando com abril de 2019, os proveitos totais e de aposento aumentaram, respetivamente, 49,9% e 51,8% nos estabelecimentos de alojamento local, e no turismo no espaço rural e de habitação os acréscimos foram mais expressivos, 107,8% e 102,1%, pela mesma ordem”, acrescenta o INE.
Nos primeiros quatro meses do ano, os proveitos totais somam já aumentos de 46,8%, enquanto os proveitos de aposento já cresceram 48,4%. Numa comparação com o mesmo período acumulado de 2019, os acréscimos chegam aos 40,2% e 43,6%, respetivamente.
Já o RevPAR chegou aos 63,0 euros em abril de 2023, tendo aumentado 22,7% face a igual mês do ano anterior e 38,4% em comparação com abril de 2019, o que, segundo o INE, corresponde “ao maior acréscimo face ao período pré-pandemia”.
Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na AM Lisboa (103,0 euros) e na RA Madeira (75,1 euros), enquanto os maiores crescimentos ocorreram na RA Açores (+35,8%) e na AM Lisboa (+26,0%).
Já o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 105,4 euros em abril, +14,7% em relação ao mesmo mês de 2022 e +29,6% face a abril de 2019, correspondendo também “ao maior acréscimo face ao período pré-pandemia”.
O INE revela que os valores de ADR mais elevados foram registados na AM Lisboa (137,2 euros), no Alentejo (102,2 euros) e no Norte (100,7 euros), enquanto os acréscimos mais expressivos verificaram-se na RA Madeira (+21,3%), na RA Açores
(+18,3%) e na AM Lisboa (+17,8%).
Em abril, as unidades de alojamento turístico nacionais contabilizaram 2,7 milhões de hóspedes e 6,8 milhões de dormidas, valores que traduzem aumentos de 16,5% e 13,8%, respetivamente, face a abril do ano passado.
Segundo o INE, em abril, o município de Lisboa concentrou 19,9% do total de dormidas, totalizando 1,4 milhões de dormidas, sendo que, numa comparação com abril de 2019, as dormidas aumentaram 10,7%.
O INE diz que, em Albufeira, as dormidas contaram com a ajuda do efeito Páscoa, uma vez que esta cidade algarvia ascendeu à segunda posição entre os municípios com maior representatividade no total de dormidas neste mês, ainda que continue a apresentar uma redução face a 2019, embora menos expressiva e que foi de apenas 5,2%.
Já o Porto registou 537,7 mil dormidas (7,9% do total), mais 34,5% face a abril de 2019, seguindo-se o Funchal, que representou 7,6% do total de dormidas, num total de 522,2 mil e que aumentou 26,7%, principalmente devido aos
residentes, que mais que duplicaram em comparação com abril de 2019.
No conjunto dos primeiros quatro meses de 2023, as unidades de alojamento turístico nacionais somam já 8,4 milhões de hóspedes e 20,9 milhões de dormidas, o que traduz crescimentos de 31,3% e 29,9%, respetivamente, face ao mesmo mês de 2022, enquanto as dormidas aumentaram 14,7% face ao mesmo mês de 2019.