Proveitos do alojamento mantêm forte crescimento em maio com destaque para Lisboa
A Área Metropolitana e o município de Lisboa destacaram-se, em maio, pelas subidas nos proveitos totais e de aposento, assim como pelos aumentos históricos no RevPar e ADR.
AHRESP exige ter voz ativa sobre taxas turísticas e pede reposição dos valores de IVA
Agosto coloca atividade turística novamente em máximos históricos
Nova edição: Entrevista a George Vinter e Lior Zach, fundadores da BOA Hotels
Grupo SANA abre portas do EVOLUTION Valbom após investimento de 12M€
Algarve reduz em 13% consumo de água com selo “Save Water”
58 hotéis na Tailândia distinguidos com Chaves Michelin
Six Senses Douro Valley aposta da diversificação de mercados
O setor do alojamento turístico registou, em maio, crescimentos significativos na rentabilidade, uma vez que os proveitos totais somaram 571,7 milhões de euros e os de aposento chegaram aos 436,8 milhões de euros, o que traduz aumentos de 25,2% e 29,1% face ao ano passado, respetivamente, segundo os dados divulgados esta sexta-feira, 14 de julho, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os dados do INE mostram que, face a maio de 2019, antes da pandemia da COVId-19, o crescimento registado foi ainda mais significativo, já que os proveitos totais apresentam um aumento de 40,1%, enquanto o crescimento dos proveitos de aposento chegou aos 44,4%.
Em maio, também o RevPar cresceu 23,7% e chegou aos 69,8 euros, enquanto o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) aumentou 17,6%, atingindo os 112,7 euros. Em comparação com maio de 2019, o crescimento do RevPar chega aos 33,3%, enquanto o do ADR é de 28,4%.
Por regiões, em maio, o destaque foi para Área Metropolitana Lisboa, que concentrou 34,9% dos proveitos totais e 37,3% dos proveitos de aposento, seguindo-se o Algarve (24,6% e 22,3%, respetivamente), o Norte (16,4% e 17,1%, pela mesma ordem) e a RA Madeira (10,2% e 9,6%, respetivamente).
Os maiores crescimentos também foram registados na AM Lisboa, onde o aumento dos proveitos totais foi de 34,0%, enquanto o dos proveitos de aposento foi de 39,0%, seguindo-se a RA Açores (+32,4% e +35,4%, respetivamente) e o Norte (+29,1% e +32,5%, pela mesma ordem).
Já na comparação com 2019, o destaque do INE vai para a RA Açores (+54,8% nos proveitos totais e +54,3% nos de aposento), para a RA Madeira (+50,9% e +63,7%, respetivamente), para o Norte (+49,1% e +52,9%, pela mesma ordem) e ainda para o Alentejo (+47,8% e +54,6%, respetivamente).
Lisboa destacou-se ainda no crescimento no RevPar e no ADR, indicadores que, segundo o INE, atingiram “um máximo histórico em toda a série disponível”, com o rendimento por quarto disponível a chegar aos 118,8 euros, depois de crescer 32,3%. Já o ADR de Lisboa chegou aos 150,5 euros, depois de crescer 24,8%, o que também “corresponde a um máximo histórico nesta região, em toda a série disponível”.
O crescimento dos proveitos foi, segundo o INE, comum aos três segmentos de alojamento, com os proveitos totais e de alojamento a aumentarem 24,1% e 28,0%, respetivamente, na hotelaria face a maio de 2022, enquanto em comparação com o mesmo mês de 2019 o crescimento foi de 37,5% e 42,0%.
No alojamento local, registaram-se aumentos de 38,3% nos proveitos totais e 40,3% nos proveitos de aposento, enquanto a comparação com maio de 2019 mostra aumento de 49,2% e 50,9%, respetivamente.
Já no turismo no espaço rural e de habitação os aumentos foram de 23,7%
e 24,5%, pela mesma ordem, sendo ainda mais expressivos numa comparação com maio de 2019, que traduz subidas de 102,8% e 100,6%, respetivamente.
O RevPar aumentou, em maio, 24,6% na hotelaria, 28,2% no alojamento local e 12,1% no turismo no espaço rural e de habitação, enquanto o ADR cresceu 17,1% na hotelaria, 24,7% no alojamento local e 9,8% no turismo no espaço rural e de
habitação.
Em maio, o setor do alojamento turístico registou ainda 2,8 milhões de hóspedes, o que traduz um aumento de 12,1% face a igual mês de 2022, e 7,1 milhões de dormidas, subida de 10,0% face a maio do ano passado.
Do total de dormidas, indica o INE, “75,0% concentraram-se nos 23 principais
municípios”, com destaque para Lisboa, que concentrou 20,1% do total de dormidas (11,2% do total de dormidas de residentes e 23,1% de não residentes), atingindo 1,4 milhões de dormidas. Face a maio de 2019, as dormidas aumentaram 8,2% (+1,9% nos residentes e +9,3% nos não residentes).
Já Albufeira “manteve-se na 2ª posição entre os municípios com maior representatividade no total de dormidas neste mês (peso de 11,1%; 794,8 mil dormidas), apesar de continuar a registar uma redução das dormidas face
a 2019 (-5,6% no total; -15,8% nos residentes e -4,0% nos não residentes)”, indica ainda o INE.
No Porto, registaram-se 570,2 mil dormidas (8,0% do total), que se traduziram num acréscimo de 28,1% face a maio de 2019 (+19,0% nos residentes e +29,7% nos não residentes), enquanto no Funchal se registaram 540,8 mil dormidas (quota de 7,6%), num aumento de 20,2% (+39,4% nos residentes e +17,7% nos não residentes).
Acumulado até maio também apresenta crescimento expressivo
Os resultados acumulados entre janeiro e maio também mostram crescimentos expressivos, com os proveitos totais a crescerem 38,8% face ao acumulado nos primeiros cinco meses do ano passado, enquanto os proveitos de aposento subiram 41,6%.
Nos primeiros cinco meses de 2023, a RA Madeira (+53,0% nos proveitos totais e +63,7% nos de aposento), a RA Açores (+52,1% e 52,2%, respetivamente) e o Alentejo (+51,0% e +58,3%, pela mesma ordem) “registaram os maiores crescimentos nos proveitos”, face a igual período de 2019, indica ainda o INE.
No que diz respeito a dormidas, no conjunto dos primeiros cinco meses de 2023, os estabelecimentos de alojamento turístico registaram 10,7 milhões de hóspedes (+25,7%) e 26,6 milhões de dormidas (+23,9%).
As dormidas de residentes aumentaram 12,7% e as de não residentes cresceram 29,3%, sendo que, numa comparação com o mesmo período de 2019, as dormidas
aumentaram 12,8% (+17,4% nos residentes e +10,9% nos não residentes).
Já a estada média ficou-se, entre janeiro e maio, pelas 2,47 noites, diminuindo 1,4% face ao mesmo período de 2022.