Edição digital

Chef Tiago Emanuel Santos
FOTO: JORGE SIMÃO

Destaque

“Os próximos cinco anos vão ser de muita resistência para quem está no panorama gastronómico dos Açores”

O chef Tiago Emanuel Santos fala da iniciativa ‘O Baco Invites’ que reúne chefs nacionais e internacionais à volta do produto regional açoriano.

Rute Simão

Chef Tiago Emanuel Santos
FOTO: JORGE SIMÃO

Destaque

“Os próximos cinco anos vão ser de muita resistência para quem está no panorama gastronómico dos Açores”

O chef Tiago Emanuel Santos fala da iniciativa ‘O Baco Invites’ que reúne chefs nacionais e internacionais à volta do produto regional açoriano.

Rute Simão
Artigos relacionados
Destaque
Lagoa e região Porto e Norte vão receber os próximos congressos da AHRESP
Emprego
Mário Centeno: “Mercado de trabalho tem sido a estrela do desenvolvimento económico”
Indicadores
Agosto coloca atividade turística novamente em máximos históricos
Actualidade
Nova edição: Entrevista a George Vinter e Lior Zach, fundadores da BOA Hotels
Actualidade
Pedro Machado prefere aumento do IVA turístico para evitar novas taxas
Actualidade
Six Senses Douro Valley aposta da diversificação de mercados
Sugestões
Hotéis Octant em Ponta Delgada e Furnas promovem atividades vínicas

O Baco Invites’ é uma iniciativa que promove quatro jantares de degustação a seis mãos no restaurante O Baco, em Ponta Delgada, que pertence ao Hotel Ponta Delgada. Com o objetivo de divulgar a região e o produto local, em cada edição são convidados dois chefs, que se juntam ao chef consultor Tiago Emanuel Santos, para conhecerem a ilha e definirem o menu de acordo com a experiência vivida na primeira pessoa. A estreia aconteceu no passado sábado,08 de fevereiro.

A semana intensa que passou lê-se nos corpos de Tiago Emanuel Santos, Daniel Estriga e Romuald Fassenet. São três horas da tarde de domingo, e o sol que irrompe pelas portas do pequeno jardim interior pousa delicadamente sob os semblantes imóveis dos chefs que se refastelam nas cadeiras e sofás do bar do Hotel Ponta Delgada, na ilha açoriana de São Miguel. Os seis olhos estão cerrados e o silêncio é a voz do diálogo possível que enche a sala, num exercício de meditação individual que expressa o resultado coletivo da experiência que culminou na noite anterior e que denuncia o cansaço de sete intensos dias. ‘O Baco Invites’ sentou, no passado sábado,  50 pessoas no restaurante pertencente à unidade hoteleira,  para perto de quatro horas de degustação dos sabores que compõem a medula açoriana. O ‘mise en place’ começou uma semana antes, altura em que o jovem português que divide a vida entre o Dubai e Bicesse, Daniel Estriga, e o já experiente francês Romuald Fassenet,  aterraram na ilha para mergulhar nos costumes e sabores da região. Sem menus definidos nem ideias pré-concebidas, e com as mentes  desprovidas de imposições, o trio seguiu um roteiro delineado pelo chef consultor do restaurante açoriano. Pelo caminho, cruzaram-se com pescadores, produtores de queijo, entraram em tascas e habituaram-se ao sotaque indissociável dos locais que lhes foram contando a história que tecem a génese de cada ingrediente. Entre as ideias disruptivas de Daniel Estiga, o método clássico de Fassenet e o conhecimento profundo da matéria-prima de Tiago Emanuel Santos, o menu alinhou-se num desfile de influências do arquipélago que culminou numa mostra gastronómica ímpar.

Tiago Emanuel Santos é o fio que une todas as pontas para que a iniciativa veja a luz do dia e explica, em entrevista à Publituris Hotelaria, o processo de construção da experiência.**

Quais foram os aspetos  que impeliram a escolha dos dois primeiros chefs para ‘O Baco Invites’?
O critério foi simples. Em primeiro lugar, escolhi pessoas que fazem também aquilo eu faço, à escala portuguesa e local, no seu território e que são também embaixadores de grande qualidade.

Já tinha os nomes na cabeça?
Completamente. O Romuald por uma razão muito óbvia, por ser uma referência internacional da gastronomia francesa clássica, é de uma região riquíssima em produtos de elevada qualidade e porque, além de um grande cozinheiro, é também um grande formador de pessoas. Tinha as características necessárias para a ilha e para dar à nossa equipa aquilo que fazia falta. O Daniel [Estriga] é também uma pessoa que conheço há algum tempo e, portanto, trazia um conjunto de características muito similares às minhas, de disrupção, de criatividade, de ambição pessoal e profissional e fazia sentido tê-lo na nossa equipa para contactar com essa realidade. O ‘Baco Invites’ é muito isto, trazer uma perspetiva diferente, completamente singular de cada um de nós para um evento sem trapézio e sem rede. Ninguém sabe o que é que vai fazer.

Romuald Fassenet (esquerda), Daniel Estriga (meio) e Tiago Emanuel Santos (direita) FOTO: DR

 

Essa é premissa para todos os jantares de ‘O Baco Invites’?
Sim. As listas de compras foram decididas na quinta-feira à noite. O jantar realizou-se no sábado [dia 08]. Na sexta-feira comprámos os produtos de manhã e houve pouco tempo de produção e isso também fez com que trabalhássemos um pouco mais do que é normal no dia-a-dia. Mas também permite que toda a gente possa ter uma criatividade limpa e que possa chegar aqui com a visão objetiva daquilo que vai absorver durante a semana. Isto, do ponto vista físico e mental, para mim, é um pouco mais extenuante porque tenho de fazer um conjunto de programações que não sejam muito pesadas para os convidados mas que, ao mesmo tempo, sejam diversas o suficiente para lhes mostrar a heterogeneidade desta ilha em particular e para os desafiar a fazer coisas que são fora das suas área de conforto. Foi giro ver que o Daniel e eu acabámos muitas vezes por mudar o rumo do nosso prato em função daquilo que era a capacidade técnica de execução de uma técnica nova ou de uma forma diferente de ver o produto. O Romuald, muito mais experiente do que nós, é muito mais sistémico.

Romuald Fassenet, premiado com uma estrela Michelin, é chef no restaurante Mont Joly na comuna francesa de Sampans. FOTO: DR

Foi fácil concretizar este menu extenso e complexo, alinhando os três estilos tão díspares e tendo como base esta não programação?
Penso que sim. Mesmo quando os desafios são mais difíceis consegue-se chegar a uma solução. Um bom exemplo foi o caso da sobremesa. A transição da sobremesa do Romuald [gelado de banana e maracujá com ananás] para a minha [gelado e torta de batata]  não era fácil, e não era fácil harmonizá-la com vinho. Optámos por uma solução que recaiu num chá verde local, servido fresco, que ajudou a fazer um corte completo entre aquilo que era a pastosidade e a intenção do prato do Daniel com a frescura do prato do Romuald e preparar a sobremesa que vinha a seguir. É fácil quando temos alguma experiência e quando trabalhamos com pessoas com tanta capacidade. E é isso que vamos ver nos próximos convidados também, pessoas com muita fome de Portugal, gente que quer ver o nosso país e quer conhecer o nosso território, que já o trabalha de alguma forma e que vai ser um embaixador dos Açores. Esse é o princípio: criarmos pequenos embaixadores de pequenas regiões portuguesas e levá-las para o mundo.

Como foi desenhado o processo?
Um dos desafios foi conseguir, em quatro ou cinco dias, dar um conhecimento minimamente lato daquilo que é a realidade da ilha mas não ser, ao mesmo tempo, muito intrusivo fisicamente e psicologicamente com os convidados. Este é um equilíbrio que não é fácil. Houve dias em que saímos às oito da manhã do hotel e regressámos à uma da manhã. Começámos por visitar produtores, nomeadamente de peixe, fomos à lota, perceber quem são as pessoas e de que forma trabalham, o que é que fazem e como é que produzem. Levámos os chefs a restaurantes tradicionais com pessoas que cozinhas há mais de 50 anos e que fazem cozinha regional pura e dura,e isso incluiu ir comer a casa de um pescador. Verificar como é que as pessoas vivem, perceber a cultura do povo para quem estamos a cozinhar e depois  absorver aquilo que são os produtos e esta era a parte mais fácil porque os produtos são muito bons. O meu trabalho foi o de um narrador da região e foi explicar, no fundo, os costumes e a cultura. É um trabalho que , intelectualmente é difícil, porque temos de colocar os outros a ver o território com a mesma visão que nós temos. E a minha visão é muito apaixonada pela ilha e faz com que eu tenha de passar isso.

Os pratos surgiram à medida que foram conhecendo os produtores ou resultaram de um processo de retrospeção no final desta viagem?
São três pessoas diferentes e, portanto, houve processos diferentes. Eu, que estou mais habituado à ilha, quis sair da zona dos meus pratos de conforto e olhar para os produtos de uma forma diferente.

Daniel Estriga é chef proprietário do Conceito Food Store e chef executivo no restaurante Praia, no hotel Five Palm Jumeirah. Foto: Nuno Antunes

O Tiago partiu em vantagem, por ser já um conhecedor dos Açores. Deu um passo atrás e deixou-se levar pelos instintos do Daniel e do Romuald?
O facto de partir em vantagem com muitos produtos que já conheço, obrigou-me a querer trabalhar com outros com os quais não trabalho normalmente. Foi o caso da morcela de lula ou da sobremesa que teve como base as batatas. Não gosto de me repetir nem de fazer coisas que já pertencem ao ADN do dia-a-dia e tentei mitigar a vantagem que tinha. Senti que o Romuald teve aqui um processo diferente do Daniel. O Daniel esteve mais livre, com uma criatividade mais aberta. O Romuald, mais  num estilo francês, encontrou um conjunto de produtos que deram aso a receitas que ele estava já habituado a fazer mas com matéria-prima de outro território. Foi interessante juntar estes três processos criativos, cada um com a sua forma de ver.

Esta mistura entre o contemporâneo e o clássico foi propositada?
A cozinha do Romuald é bastante clássica e a do Daniel é bastante disruptiva. No próximo evento vai acontecer o mesmo. Teremos um chef de uma cozinha extremamente clássica e um outro chef mais contemporâneo e é interessante este choque de visões. Para o cliente é também interessante perceber que existem três formas de ver os Açores e os produtos. Claro que se analisarmos isto de forma geométrica, existem 70 mil formas diferentes de olhar para os produtos e isso faz com que a  internacionalização dos produtos açorianos tenha um potencial gigantesco em vez de apostarmos apenas na regionalização.

Qual foi o maior desafio?
A execução não foi fácil, foi exaustiva mas faz parte do processo. Nesta semana aconteceu muita coisa, tentámos testar muitas realidades e absorver muito. Mas sinto que esta junção foi fácil, não senti dificuldades.

Qual foi o prato que mais o surpreendeu?
Os meus pratos preferidos foram os meus [risos]. Achei giríssimo o Daniel pegar numa coisa que nunca provou [Sopa do Espírito Santo] inspirado pela narrativa que eu lhe contei e fez um caldo soberbo. Considero divinal a utilização e execução do Romulad de produtos clássicos da cozinha dele.

Estou agora a descobrir quem fez o quê. No jantar, não foi assumida individualmente a autoria de nenhum prato…
E foi essa a ideia porque todos os pratos tiveram as mãos de todos. Quando estamos no processo de conceção e experimentamos as criações uns dos outros, vamos dando sugestões entre nós e aí o prato deixa de ser só nosso e passa a ser dos outros. A visão de cada um imprime uma nova expressão nos produtos e isso mostra o espaço que existe para crescer na ilha do ponto de vista gastronómico e da hotelaria.

FOTO: DR

A premissa de elevar o produto açoriano é assumida como base deste conjunto de jantares. Assumindo-se como um apaixonado pela região, qual é o seu propósito com o ‘Baco Invites’?
Há uma equipa muito grande a trabalhar nestes eventos. Eu sou apenas o tonto que manda as ideias para o ar e que acha que há determinadas coisas que são realmente importantes. Esta semana dizia, em jeito de brincadeira, que estamos a fazer serviço público a partir de uma entidade privada. Os custos de trazer os chefs foram suportados pelo hotel [Hotel Ponta Delgada], desde o alojamento, a alimentação, o transporte na ilha e as passagens aéreas. Estamos a fazer isto não em função do retorno do jantar, porque do ponto de vista financeiro não é minimamente rentável para conseguir cobrir as despesas de recebermos estes chefs. Fazemos isto com uma consciência grande daquele que é o potencial do território, daquela que é a retribuição que temos de dar ao território que também nos dá tanto a nós. Se conseguimos ter sucesso no restaurante O Baco e no Hotel Ponta Delgada, fazemo-lo porque temos uma região que, de facto, nos permite usufruir disso. No jantar, emocionei-me, porque senti, pela primeira vez, que o povo açoriano me acolheu e acolheu aquele que era o nosso trabalho. O nosso objetivo é expor o que fazemos, mas não no sentido mediático. Há muita gente a fazer trabalho sobre os Açores, como o Miguel Castro e Silva que fez um trabalho excecional nos anos 90, ou chef Cláudio Pontes. Felizmente tenho tido a sorte de ter um pouco mais de projeção e das pessoas me ouvirem um pouco mais. E quero que a região consiga ser divulgada por aquilo que é e não apenas como um sitio muito bonito, onde a comida é bem ou mal passada.

Um dos seus próximos passos visa a reformulação das restantes cozinhas dos hotéis do grupo Ciprotur.
Há muito espaço para fazer melhor nos Açores. E não estamos só a falar de São Miguel, mas das nove ilhas. Lancei o desafio ao grupo por considerar que há espaços que têm margem para comida comunitária e familiar, outros que considero que têm de apostar em cozinha de autor. Temos de começar por algum lado e o primeiro passo tem sido o restaurante O Baco, onde me sinto mais confortável. Essa é uma mudança paradigmática que acho que é gigante. Outro aspeto fundamental é apostar na formação. Por exemplo, houve uma cliente que fez uma refeição n’O Baco e que fez o reparo de que gostava das lulas mais pequenas. E o tamanho mínimo legal de lula permitido nos Açores foi aquela que comprámos. Aí, apostei no feito pedagógico e fui à sala explicar este facto e dizer-lhe que, se ela encontrasse outra mais pequena então estaria a comer lula congelada que não é regional. A desinformação reina de tal forma, que achamos que há carne suficiente para vender, que o atum é vermelho cor de beterraba, ou que as lapas são todas dos Açores e são legais o ano inteiro. E que há lagostas durante todo o ano e que não vêm da Mauritânia. Há um conjunto de desinformações que alimentam a desvalorização do produto dos Açores e esse é outro passo. Os próximos projetos têm também de seguir esta tónica de serem reconhecidos como projetos que apoiam a economia local, que apoiam os parceiros locais.

Há talentos e oportunidades na ilha para que se possa elevar a gastronomia açoriana para um patamar de reconhecimento internacional ou este é ainda um caminho longo?
É um caminho longo e que vai ser ainda bastante moroso e duro. Eu próprio sou alvo de muita ostracização por parte de alguma comunidade de pessoas que se chamam ‘gastrónomas’, por ser de fora [da ilha].

Porquê?
Se o prato é de peixe, tem de ser feito de uma determinada maneira. Se é bife à regional tem de ser de outra. Se tentas fazer alguma coisa que possa ser mais contemporânea, se a visão é mais atualizada e apelativa, do ponto de vista visual, estético e técnico, é considerado um sacrilégio que está a  desvirtuar completamente aquela que é a tradição da região. Pessoalmente até não faço muito isso e respeito aquilo que é o produto regional e a forma de ser da região. Existem algumas vozes da desgraça que são contra algumas influências externas, principalmente continentais. Tem sido um caminho com muita dificuldade. Os próximos cinco anos vão ser de muita resistência para quem está no panorama gastronómico dos Açores e que quer fazer algo diferenciador. Mas depois vamos colher todos os louros deste trabalho que estamos a fazer e vamos poder olhar para trás e recordar de que fomos nós que começámos e que arrancamos com esta intifada sobre o produto regional.

Referiu o respeito que tem pelo produto e pela região. Onde se enquadra a disrupção nesta tónica?
Respeitar o produto não significa que o tenhamos de usar da mesma maneira  que há 50 anos. Habituámo-nos a comer o bacalhau salgado e seco porque não havia outra forma de o comer. Agora há a possibilidade de o comer fresco. Se é bom ou não, é discutível. Mas existem evoluções que permitem apresentar os produtos de forma diferente. Respeitar o produto é olhar para ele, perceber o porquê de ter sido feito assim durante décadas e perceber a importância social à luz da época e isso é reinterpretar de uma forma contemporânea. A resposta é sempre a heterogeneidade. A solução nunca é afirmar que há um que está certo e outro que está errado. É o respeito mútuo. Sushi nos Açores faz todo o sentido, não faz sentido é sushi com salmão. Pizza também faz sentido, mas não com pepperoni. Passam-se constantemente atestados de incompetência a quem trabalha o produto de uma forma diferente.

*Saiba mais sobre a iniciativa ‘O Baco Invites’ na próxima edição da revista Publituris Hotelaria
**A  Publituris Hotelaria é media partner da iniciativa ‘O Baco Invites’ e esteve presente em Ponta Delgada a convite do Hotel Ponta Delgada.

 

Sugestões

Hotéis Octant em Ponta Delgada e Furnas promovem atividades vínicas

Os hotéis Octant em Ponta Delgada e nas Furnas promovem atividades à volta do vinho entre outubro e novembro através de um jantar vínico e uma formação internacional sobre vinhos ministrada pela Wine & Spirit Education Trust (WSET).

Os hotéis Octant em Ponta Delgada e nas Furnas promovem atividades à volta do vinho entre outubro e novembro através de um jantar vínico e uma formação internacional sobre vinhos ministrada pela Wine & Spirit Education Trust (WSET).

A 31 de outubro terá lugar no Octant Ponta Delgada um jantar vínico em parceria com a garrafeira “Vinha”, dedicada a vinhos portugueses. A refeição conta com a presença de Luís Sotto Mayor, enólogo da Sogrape, que irá guiar os comensais pelas cinco referências de vinhos que vão harmonizar o menu do chef Paulo Leite, criado para este momento.

O jantar vínico começa com um cocktail de boas-vindas do Quinta da Romeira Espumante Bruto Branco de 2022, acompanhado por snacks como tártaro de novilho com massa sovada e caviar ou atum galha-à-ré com algas e citrinos. Nos pratos principais o Casa Ferreirinha Vinha Grande Branco 2022 harmoniza o Cantaro com feijoada de marisco, lula e tutano, e o Antónia Adelaide Ferreira Tinto 2019 acompanha a bochecha de novilho com terrina de batata e presunto Pata Negra, cogumelos e molho de vinho tinto. O jantar tem início às 20h00 e um custo de 65 euros por pessoa.

Já de 11 a 14 de novembro, o Octant Furnas recebe o curso de qualificação WSET ministrado por Sara Rodrigues e Matos.

Dividida em dois níveis, a certificação “permite aperfeiçoar os conhecimentos do mundo vínico”, como referido em nota de imprensa. O nível 1, um curso de iniciação ao vinho, explora os principais tipos e estilos de vinhos através da visão, do olfato e do gosto, e permite adquirir competências básicas para descrever os vinhos e realizar a junção entre vinhos e comida. Já o nível 2 aborda as principais castas, regiões vinícolas, métodos de produção e análise sensorial. Os lugares são limitados e as inscrições devem ser realizadas diretamente com a The Wine House através do seu website.

Fornecedores

Groupe GM marca presença na Decorhotel para apresentar novidades

A Groupe GM, empresa dedicada à produção e distribuição de amenities e equipamentos para o setor hoteleiro, vai estar presente na 7ª edição da Decorhotel para apresentar as novidades lançadas ao longo deste ano.

A Groupe GM, empresa dedicada à produção e distribuição de amenities e equipamentos para o setor hoteleiro, vai estar presente na 7ª edição da Decorhotel para apresentar as novidades lançadas ao longo deste ano.

De entre as novidades encontram-se os produtos da marca Vacavaliente, com produtos de decoração e papelaria personalizáveis e fabricados em couro reciclado, produzidos na península ibérica.

Nesta edição, a empresa apresenta também ao público pela primeira vez as novas linhas de amenities das marcas portuguesas Ruby Red da Portus Cale e Lavanda da Ach. Brito, além da sua aposta no reforço da área de equipamento e personalizações, com a restruturação de um departamento próprio. O grupo aproveita também a ocasião para mostrar representações exclusivas de marcas como a Corby of Windsor, Valera, Brabantia, Kludi, Samo Linea Beta, Decor Walther, Northmace, Vitrifrigo e Metalcarrelli.

A empresa estará presente no certame no stand 5D04 na Exponor, em Matosinhos, de 24 a 26 de outubro, das 10h00 às 19h00.

Formação

Universidade Europeia e Câmara Municipal de Cascais assinam protocolo de cooperação

A Universidade Europeia e a Câmara Municipal de Cascais estabeleceram esta segunda-feira, 21 de outubro, um protocolo de cooperação. O objetivo passa por promover a realização de iniciativas nas áreas do turismo e da gastronomia, numa colaboração assenta nos domínios da investigação, transferência de conhecimento, prestação de serviços, projetos e eventos que promovam o Turismo Gastronómico.

A Universidade Europeia e a Câmara Municipal de Cascais estabeleceram esta segunda-feira, 21 de outubro, um protocolo de cooperação. O objetivo passa por promover a realização de iniciativas nas áreas do turismo e da gastronomia, numa colaboração assenta nos domínios da investigação, transferência de conhecimento, prestação de serviços, projetos e eventos que promovam o Turismo Gastronómico.

Recentemente, a Câmara Municipal de Cascais (CMC) criou o projeto Cascais Food Lab, onde pretende “dinamizar as áreas da gastronomia e turismo, e aplicá-las à gastronomia local, nomeadamente na oferta da restauração do concelho e no incremento das competências dos colaboradores desta área”, como dá conta em nota de imprensa.

Agora, no âmbito desta colaboração com a Universidade Europeia, os colaboradores municipais que pretendam aprofundar os seus conhecimentos nestas áreas podem usufruir de um desconto na inscrição e nas propinas para licenciaturas, pós-graduações e mestrados.

Recorde-se que a Universidade Europeia oferece programas bem estabelecidos na área do Turismo e Hospitalidade como é o caso das duas licenciaturas em Turismo e em Gestão Hoteleira, o Mestrado em Gestão do Turismo e as três Pós-graduações em Gestão Hoteleira, Gastronomia Criativa e Imagem, Protocolo e Organização de Eventos.

Sugestões

Crowne Plaza Porto lança Porto Urban Spa com as marcas PostQuam e Rituals

O Hotel Crowne Plaza Porto renovou a área de bem-estar e beleza, acrescentando duas marcas de cosmética internacionais à sua oferta, a PosQuam e a Rituals.

O Hotel Crowne Plaza Porto renovou a área de bem-estar e beleza, acrescentando duas marcas de cosmética internacionais à sua oferta, a PosQuam e a Rituals.

Com um novo nome e uma nova imagem, o spa do Crowne Plaza Porto atualiza o seu conceito e aposta numa oferta “versátil e personalizada”, como indicado em nota de imprensa. Os tratamentos com os produtos da Rituals incluem hidratações e esfoliações intensas, suaves ou moderadas (60minutos por 95 euros). Os ingredientes dos produtos vão do matcha ao óleo de abacate, passando pelo mel, sal marinho e óleo de sementes de girassol.

Já para o rosto, a Rituals oferece tratamentos para pele normal, seca, oleosa e mista com rituais como prevenção anti-rugas, rejuvenescimento facial ou tratamento anti-acne, todos com uma duração de 75 minutos e o valor 125 euros.

Já a PostQuam marca presença no Porto Urban Spa com produtos ricos em princípios ativos como o ácido hialurónico, retinol, vitamina C, ceramidas, niacinamidas, extratos de plantas e ácidos frutais. Estes estão disponíveis num menu de massagens orientais (140 euros), relaxantes (75 euros), terapêuticas (50 euros), desportivas (60 euros), a quatro mãos (150 euros), com pedras (100 euros) ou velas quentes (110 euros). Há ainda massagens pensadas para casais, homens, grávidas e drenagens linfáticas, com técnicas para tratar a firmeza e a celulite.

Nos cuidados para o rosto, destacam-se as limpezas de pele e o tratamento lifting anti-rugas com produtos compostos por ácido hialurónico e sessões de reflexologia (45 euros).

Os clientes podem ainda usufruir da sala de relaxamento, onde é servido um chá no final de cada tratamento, bem como do banho turco e da sauna.

O Porto Urban Spa funciona de segunda a sexta-feira, das 11h0 às 20h00, e ao sábado e domingo, entre as 10h00 e as 19h00. As massagens e tratamentos devem ser reservados através do contacto 22 607 25 40 ou do e-mail [email protected].

Six Senses Douro Valley | Créditos: DR

Actualidade

Six Senses Douro Valley aposta da diversificação de mercados

O hotel pretende atrair mercados da região Ásia-Pacífico para diversificar o market share e, assim, aumentar os níveis de ocupação, ao mesmo tempo que mantém o preço médio. Estão ainda em vista alguns projetos de remodelação, maioritariamente no “back of the house”.

Carla Nunes

O Six Senses Douro Valley, localizado em Samodães, no vale do Douro, pretende trabalhar com novos mercados, tendo também em vista obras de remodelação nas instalações dedicadas para os funcionários – comumente designadas como “back of the house”.

A explicação parte do diretor-geral do Six Senses, André Buldini, que em entrevista a este órgão de comunicação deu conta do interesse em “trabalhar com mercados novos”. Atualmente, a ocupação do hotel cabe maioritariamente aos Estados Unidos da América, que ocupam 57% do market share da unidade, e aos mercados português, brasileiro e inglês. Agora, a expectativa passa por captar mais hóspedes provenientes da região Ásia-Pacífico.

“O mercado da Ásia-Pacífico é um mercado que tem vindo a crescer e agora há muitos voos diretos dessas cidades para o Porto. Queremos trabalhar esses mercados. Queremos [também] que [os mercados do] Brasil, Portugal e a Inglaterra ganhem mais relevância internamente, e queremos trabalhar mais na época baixa, com diferentes tipos de grupos”, referiu o diretor-geral.

Para alcançar este objetivo, André Buldini refere que têm já em linha várias Fam Trips, visitas de imprensa, parcerias e presença em feiras, além de um reforço nos esforços de marketing digital. Outra das expectativas para 2025 passa pelo crescimento da ocupação, mantendo o preço médio – um marco que o hotel espera alcançar com esta diversificação de mercados.

Também para o próximo ano, o hotel tem em vista obras de remodelação no “back of the house”, principalmente nas zonas de refeitório e balneários, para as quais alocou entre 800.000 a 900.000 euros, de acordo com André Buldini.

Após ter começado o início deste verão com renovações na zona envolvente da piscina do hotel, o Six Senses Douro Valley vai agora investir na criação de uma estufa junto ao jardim orgânico. O objetivo passa não só por criar “uma área de trabalho para os jardineiros”, como também um local para a organização de workshops orientados pela equipa de sustentabilidade do hotel, bem como alguns pop-ups gastronómicos.

Não se reportando a valores de faturação ou ocupação, André Buldini referiu que os anos de 2022, 2023 e 2024 “têm sido sempre anos de crescimento”. Quanto ao final deste ano, e no que às taxas de ocupação diz respeito, a antecipação do hotel é a de que os valores fiquem “alinhados com os do ano passado”.

Hotel Okura | Créditos: guide.michelin.com

Actualidade

58 hotéis na Tailândia distinguidos com Chaves Michelin

Dos vários hotéis espalhados pelo país, oito foram destacados com Três Chaves, 19 com Duas Chaves e 31 unidades hoteleiras com Uma Chave.

A Autoridade de Turismo da Tailândia (TAT) deu conta em nota de imprensa que 58 dos seus hotéis foram galardoados pelas Chaves Michelin.

Dos vários hotéis espalhados pelo país, oito foram destacados com Três Chaves, 19 com Duas Chaves e 31 unidades hoteleiras com Uma Chave.

A Tailândia é o segundo país asiático a ver o seu setor hoteleiro premiado pelo Guia MICHELIN, que estreou a sua nova distinção, a Chave Michelin, em abril deste ano. Destinos como França, Espanha, Itália, Japão, EUA, Canadá e México, foram também distinguidos pelo galardão.

A Estrela Michelin reconhece os melhores restaurantes do mundo e a Chave Michelin faz o mesmo para os hotéis que se destacam. Uma Chave representa uma estadia muito especial, Duas Chaves destacam uma estadia excecional e Três Chaves, uma estadia extraordinária.

Conheça abaixo os hotéis galardoados.

Três Chaves Michelin

  • Mandarin Oriental Bangkok (Banguecoque);
  • The Siam (Banguecoque);
  • Keemala (Phuket);
  • Amanpuri (Phuket);
  • Four Seasons Resort Chiang Mai (Chiang Mai);
  • Soneva Kiri (Trat);
  • Samujana Villas (Surat Thani);
  • Phulay Bay, uma reserva do Ritz-Carlton (Krabi).


Duas Chaves Michelin

  • Capella Bangkok (Banguecoque);
  • Four Seasons Hotel Bangkok, no rio Chao Phraya (Banguecoque);
  • Park Hyatt Bangkok (Banguecoque);
  • Rosewood Bangkok (Banguecoque);
  • The Okura Prestige Bangkok (Banguecoque);
  • The Peninsula Bangkok (Banguecoque);
  • The Sukhothai Bangkok (Banguecoque);
  • Banyan Tree Samui (Ko Samui);
  • Napasai, A Belmond Hotel (Ko Samui);
  • SALA Samui Choengmon Beach (Ko Samui);
  • Six Senses Samui (Ko Samui);
  • The Sarojin (Phang-Nga);
  • Six Senses Yao Noi (Phang-Nga);
  • Banyan Tree Krabi (Krabi);
  • Pimalai Resort & Spa (Krabi);
  • InterContinental Phuket Resort (Phuket);
  • Rosewood Phuket (Phuket);
  • Rachamankha (Chiang Mai);
  • Anantara Golden Triangle Elephant Camp & Resort (Chiang Rai).

Uma chave Michelin

  • 137 Pillars Suites Bangkok (Banguecoque);
  • Anantara Siam Bangkok Hotel (Banguecoque);
  • COMO Metropolitan Bangkok (Banguecoque);
  • Intercontinental Bangkok (Banguecoque);
  • Kimpton Maa-Lai Bangkok (Banguecoque);
  • Oriental Residence Bangkok (Banguecoque);
  • SO Bangkok (Banguecoque);
  • The Standard Bangkok (Banguecoque);
  • Andara Resort & Villas (Phuket);
  • COMO Point Yamu (Phuket);
  • The Nai Harn Phuket (Phuket);
  • The Pavilions (Phuket);
  • The Slate (Phuket);
  • Trisara (Phuket);
  • The Racha (Phuket);
  • Veranda Resort & Villas Hua Hin Cha Am (Phetchaburi/Prachuap Khiri Khan);
  • Anantara Hua Hin Resort & Spa (Phetchaburi/Prachuap Khiri Khan);
  • The Standard Hua Hin (Phetchaburi/Prachuap Khiri Khan);
  • V Villas Hua Hin (Phetchaburi/Prachuap Khiri Khan);
  • Aleenta Resort & Spa, Hua-Hin (Phetchaburi/Prachuap Khiri Khan);
  • 137 Pillars House (Chiang Mai);
  • Aleenta Retreat Chiang Mai (Chiang Mai);
  • Raya Heritage (Chiang Mai);
  • Tamarind Village (Chiang Mai);
  • Anantara Lawana Resort and Spa (Surat Thani);
  • Kerem Luxury Beachfront Villas (Surat Thani);
  • Kimpton Kitalay Samui (Surat Thani);
  • Aleenta Phuket Phang Nga Resort & Spa (Phang-Nga);
  • Iniala Beach House (Phang-Nga);
  • InterContinental Khao Yai Resort (Nakhon Ratchasima);
  • Rayavadee (Krabi).
Actualidade

Parque Terra Nostra investe em obras de valorização do tanque termal

O Tanque Termal do Parque Terra Nostra vai sofrer obras de valorização a partir de 21 de outubro, prevendo-se a sua abertura no início de 2025. 

O Tanque Termal do Parque Terra Nostra vai sofrer obras de valorização a partir de 21 de outubro, prevendo-se a sua abertura no início de 2025.  De acordo com o grupo  Bensaude, o objetivo passa por “oferecer um novo enquadramento paisagístico e modernizar o sistema de manutenção”, como dá conta em nota de imprensa.

Com a assinatura do arquiteto Luís Paulo Faria Ribeiro, “o projeto tem como grande prioridade a reorganização e a valorização da envolvente do Tanque Termal do Parque Terra Nostra”. Desta forma, além da recuperação e manutenção dos equipamentos de apoio existentes, serão acrescentados novas valências.

Esta intervenção, projetada há mais de um ano de acordo com o grupo, inclui ainda a modernização do sistema de manutenção do Tanque Termal, nomeadamente por recirculação forçada de todo o volume de água termal em sistemas de ultravioletas, para promover uma gestão mais eficiente e sustentável, sem alterar a idiossincrasia das águas.

“A estratégia de intervenção que se propõe está fortemente alicerçada no valor patrimonial do Parque Terra Nostra, nas suas dimensões paisagística, botânica, ambiental e turística. Assume especial importância neste processo o facto de o tanque e da sua envolvente constituírem a zona onde o parque teve origem”, explica Luís Paulo Faria Ribeiro.

Apesar de o Tanque Termal só reabrir no início de 2025, o Parque Terra Nostra permanece em funcionamento e aberto a visitantes.

Formação

2ª fase do programa “Competências do Futuro Algarve” com 28 ações de formação e sete ‘bootcamps’

A 2.ª fase do programa “Competências do Futuro Algarve” prevê 341 horas de formação distribuídas por 28 ações e sete ‘bootcamps’. No final das duas fases serão administradas um total de 550 horas de formação e 1.800 participantes até março de 2025.

De outubro de 2024 a março de 2025, o Turismo do Algarve e o Turismo de Portugal vão realizar 341 horas de formação distribuídas por 28 ações e sete bootcamps, em áreas como liderança, gestão, marketing e literacia digital, serviço de excelência, eficiência hídrica e idiomas.

A 2.ª fase do programa de formação “Competências do Futuro Algarve”, que surge na sequência do sucesso da 1.ª fase, que contou com mais de 900 inscrições e 33 ações de formação e bootcamps realizados, destina-se a empresas e operadores turísticos da região e pretende reforçar a capacitação em áreas estratégicas para o turismo, com vista à sustentabilidade e inovação da atividade na região.

O programa, lançado pelo Turismo do Algarve e pelo Turismo de Portugal, prevê um total de 550 horas de formação e 1.800 participantes até março de 2025. A iniciativa tem como objetivo preparar os profissionais para enfrentar os desafios do futuro, com especial foco em áreas como liderança, inovação, sustentabilidade e eficiência na gestão de recursos.

Para André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, a 2.ª fase do programa “Competências do Futuro Algarve” “reflete o nosso compromisso contínuo em proporcionar formação de qualidade aos profissionais do setor. Com esta iniciativa, queremos garantir que o Algarve não só mantém como eleva os padrões de serviço, desenvolvendo as competências dos seus profissionais e preparando as empresas para um futuro mais sustentável e inovador”.

Do lado do Turismo de Portugal (TdP), Carlos Abade, presidente do Instituto Público, reforça a importância estratégica da iniciativa e sublinha que o turismo “é uma atividade de pessoas para pessoas, com o adicional de o acolhimento ser crucial para a experiência turística e para o sucesso da atividade”.

“Ora isso tem uma consequência obrigatória, que é a necessidade de tornar a formação dos profissionais do setor uma prioridade absoluta. É isso que todos os dias fazemos no Turismo de Portugal, através de uma rede de escolas de turismo e através de inúmeras ações e programas de capacitação como este, que são absolutamente fundamentais”, conclui o presidente do TdP.

Os interessados já podem inscrever-se em nove ações de formação e três bootcamps desta nova fase e obter mais informação.

As 28 ações de formação totalizarão 313 horas, enquanto os sete bootcamps presenciais, terão 28 horas de formação intensiva. O formato será híbrido, com ações de formação online e bootcamps presenciais nas Escolas de Hotelaria e Turismo de Faro, Portimão e Vila Real de Santo António.

As ações de formação online terão foco no Instagram (plano de conteúdos), Brand storytelling (comunicação de marca), Economia circular aplicada à restauração, Marketing digital (bens e serviços), Liderança, gestão e motivação de equipas, Estratégia digital (aplicada ao turismo), Tendências na hospitalidade (em tempos de mudança), e Trabalho em equipa (desafios e boas práticas).

Já os bootcamps presenciais terão com temas a Cultura organizacional do turismo (atração e retenção de talentos – EHT VRSA), Liderança em equipas multiculturais e multigeracionais (EHT Portimão), e Design de experiências turísticas (guest experience – EHT Algarve).

Actualidade

Algarve reduz em 13% consumo de água com selo “Save Water”

A introdução do selo de eficiência hídrica “Save Water” começa a dar os primeiros frutos, com os dados anunciados pela ADENE a indicarem uma redução de 13% no consumo global e de 16% no consumo específico de água no Algarve.

O terceiro relatório de monitorização do Compromisso com a Eficiência Hídrica, para o setor do turismo, elaborado pela ADENE, indica que os empreendimentos turísticos da região do Algarve que aderiram ao selo “Save Water” de eficiência hídrica reduziram em 13% os consumos de água nos primeiros meses do ano.

A evolução registada indica que, entre 18 de março e 30 de setembro de 2024, houve uma redução de 13% no consumo global e de 16% no consumo específico, resultados positivos que contribuem para mitigar o problema de escassez hídrica no Algarve e revelam uma poupança financeira direta para os empreendimentos turísticos algarvios.

De assinalar que os registos dos meses de agosto e setembro traduziram-se numa ligeira diminuição da tendência de melhoria do desempenho (menos 1% que a redução registada a 31 de julho), mantendo-se, ainda assim, o alinhamento com o objetivo de redução global de consumo de 13%.

No mesmo relatório, elaborado pela ADENE, constata-se que aderiram à plataforma 93 empreendimentos turísticos (ET), de um total de 650 ET (14%) que representam aproximadamente 30% das camas disponíveis na região, constituindo os aderentes maioritariamente hotéis.

Até agora, os empreendimentos turísticos selecionaram perto de 2500 medidas, cerca de metade das quais estruturantes, sendo as intervenções ao nível dos dispositivos e nos sistemas de rega as mais selecionadas, seguidas de melhorias no sistema de gestão e manutenção e nos equipamentos. Das medidas adotadas, cerca de metade já foram implementadas.

De acordo com uma análise preliminar das poupanças financeiras associadas à poupança de água, os consumos registados entre janeiro e setembro de 2024 já conduziram a uma economia média de 3.400 euros por empreendimento, o que se traduz num potencial de poupança anual superior a sete mil euros/ano, considerando que algumas medidas ainda se encontram em implementação e que não estão a ser contabilizados os custos com energia associados ao consumo de água.

Estes resultados constam do terceiro relatório de monitorização emitido pela ADENE – Agência para a Energia, no âmbito do Compromisso com a Eficiência Hídrica, que inclui o selo de eficiência hídrica “Save Water”.

O selo de eficiência hídrica aplicável aos hotéis e demais empreendimentos turísticos é uma medida coordenada pela Região de Turismo do Algarve, em articulação com o Turismo de Portugal, tendo a ADENE, a responsabilidade de assegurar a monitorização dos consumos reportados pelos aderentes na Plataforma Compromisso com a Eficiência Hídrica, bem como alcançado na aplicação das medidas.

Açores
AL

Alojamento Local dos Açores pede reforço do investimento no combate à sazonalidade

O presidente da ALA – Associação do Alojamento Local dos Açores, João Pinheiro, defende que é “necessário um maior investimento e planeamento antecipado” para que todas as ilhas do arquipélago possam beneficiar da distribuição de fluxos turísticos.

A ALA – Associação do Alojamento Local dos Açores veio quarta-feira, 16 de outubro, apelar ao reforço do investimento nas medidas de mitigação da sazonalidade no turismo da região, defendendo a necessidade de um planeamento antecipado, avança a Lusa.

“Torna-se urgente assegurar um fluxo turístico contínuo ao longo de todo o ano, sendo, no entanto, necessário um maior investimento e planeamento antecipado, para que todas as ilhas possam beneficiar de forma justa e equilibrada, através de uma distribuição de fluxos turísticos mais cuidada”, afirma João Pinheiro, presidente da associação, citado num comunicado divulgado pela Lusa.

João Pinheiro considera que as medidas apresentadas na semana passada por Berta Cabral, secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dos Açores, são “um passo positivo na criação de estabilidade no setor”, ainda que tenha dúvidas de que estas sejam suficientes.

A Lusa lembra que, na semana passada, Berta Cabral anunciou que a promoção turística dos Açores para a época baixa 2024/2025 representa um investimento de 2,5 milhões de euros, estando previsto um aumento de 7.826 lugares nas ligações ara o arquipélago.

“A ALA alerta que estas medidas podem ter chegado tarde, para algumas empresas, acrescentando ainda que o valor disponibilizado pelas medidas é insuficiente para combater eficazmente os reais desafios da sazonalidade”, aponta João Pinheiro.

O presidente da ALA defende também que o crescimento de 14,9% nas dormidas em alojamento local nos primeiros oito meses do ano, representando cerca de 1,28 milhões de dormidas, representa “uma recuperação sustentável e uma procura crescente pelo destino Açores”.

“Este marco reflete a solidez e o desenvolvimento contínuo do setor, impulsionado pelos turistas oriundos do estrangeiro, que contribuíram com 997,6 mil dormidas (um aumento de 16,4% face a 2023), enquanto os turistas nacionais geraram 287 mil dormidas (um crescimento de 9,8%)”, frisa o responsável.

Estes dados, considera João Pinheiro, “vêm reforçar ainda mais a importância do setor do AL para o turismo nos Açores, uma vez que a capacidade da hotelaria tradicional nunca conseguiria assegurar, por si só, o número total de hóspedes e dormidas que se registaram nos Açores, até ao final de agosto”.

“Esta importância, assumida pelo AL, reflete-se também na alavancagem da economia dos Açores, de forma direta (rendimentos de cada AL) e também de forma indireta, com todo o tipo de serviços a que os hóspedes dos AL recorrem (transporte, restauração, animação turística, etc.)”, sublinha.

O presidente da ALA alerta, no entanto, para a necessidade de reforço de fiscalização, lembrando que os dados do SREA indicam que 12% dos estabelecimentos de alojamento local dos Açores “não reportaram qualquer movimento de hóspedes” no mês de agosto.

Segundo João Pinheiro, estes números podem indicar que estes estabelecimentos – 489 unidades e 2.773 camas – “deixaram de estar no mercado”.

“A ALA apela à implementação de medidas de fiscalização adequadas, pelas entidades competentes, de forma a garantir que os números do setor refletem, de facto, a realidade exata do AL nos Açores, não dando a ideia errada de que há estabelecimentos abertos e camas disponíveis, que não receberam um único hóspede”, reforça ainda o responsável.

O presidente da ALA destaca ainda a subida de 4,9% da estada média, que atingiu as 3,8 noites em agosto, e o crescimento de 3,7% no número de hóspedes, para um total de 77 mil, no mesmo mês.

São Miguel, a maior ilha do arquipélago, continua a ser a que apresenta um maior número de dormidas em alojamento local, tendo registado 180,4 mil em agosto (61,6% do total).

No entanto, a ALA realça o “crescimento muito significativo” que se está também a observar noutras ilhas, como Flores (35,4%), Terceira (20,1%) e Pico (11,3%), alegando que comprova “um crescimento mais equilibrado entre as diferentes ilhas do arquipélago”.

PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2024 PUBLITURIS HOTELARIA. Todos os direitos reservados.